Cena 1
POV Elena.
Dias se passaram desde o assassinato do mendigo, mas parece que foi ontem. A cidade inteira comentava sobre o assunto que ainda não tem explicação.
Eu assistia o professor de biologia falar, porem a minha mente estava longe daqui. Senti o celular vibrar em minha bolsa, era um torpedo de Bonnie.
“Ele está olhando para você”
Sorri e virei. Estefan me olhava com aqueles olhos verdes profundos. Fiquei interpretando aquele olhar. Será que ele me admirava? Será apenas curiosidade?
Formos interrompidos pelo professor Reginaldo.
– Senhorita Elena, algum problema com o Estefan?
– Não professor, pode continuar sua aula.
Olhei para ele novamente e virei de volta para o professor.
Cena 2
POV Elena
Eu estava me concentrando nos meus deveres enquanto tia Judith ensinava Margareth, der repente à campainha tocou, espalhando o som por toda sala.
– Eu atendo! –gritei.
Corri em direção à porta e recebi um lindo buquê de rosas. Receber flores já era um hábito rotineiro. Combinei com Meredith para que ela me enviasse as rosas em nome de Jean Cláudio.
– Um! Que rosas lindas! Quem será que mandou? –tia Judith perguntou com segundas intenções.
– Um amigo. –menti parcialmente, não era um amigo e sim uma amiga.
– Amigo? Um! – Ela falou não acreditando no que eu disse.
– Sim amigo.
– Tia, agora posso brincar? – Margareth nos interrompeu e eu a agradeci mentalmente por isso.
– Sim pode. Vai.
Margareth pegou os seus livros, me deu um beijo e subiu.
– Alguma notícia sobre o caso do mendigo? – iniciei um novo assunto.
– O de sempre. Parece que ele acordou, mas não se lembra de nada. Na verdade dizem que ele fica delirando sobre: olhos escuros.
– Ele foi muito massacrado, coitado.
– Por isso que é melhor não arriscar. Deve continuar andando em grupo.
Andávamos em grupos agora, era o mínimo que podíamos fazer. Com um assassino à solta todo cuidado é pouco.
Cena 3
POV Elena
– Elena! – Meredith chamou a minha atenção.
– Ah! Oi. – falei saindo dos meus pensamentos.
– Eu sei por que ela está tão distraída. –sugeriu Bonnie
– Sabe, eu vou pedir para o Estefan sair do pensamento da Elena pelo menos por um instante. – Meredith ironizou.
– Desculpe meninas. Ele não é como qualquer garoto que eu já conheci. Ele simplesmente me deixa maluca. –admiti.
– Alguém está apaixonada! – Bonnie falou com um sorriso enorme.
– Sim, eu estou. E a cada dia só piora. Tia Judith começou a ser preocupar comigo e ela está certa. Estou maluca. – o pior de tudo isso é não ser correspondida. – Então como posso conseguir que ele fique em um lugar onde não poderá correr de mim?
– Por que não fica pressa em um temporal com ele, então vocês terão que se aninhar para conservar o calor corporal? – sugeriu Bonnie.
– Não, ficaria melhor se seu carro quebrasse na frete da casa dele. Seria bem mais possível. – Concordei com Meredith, mas é lógico que eu não chegaria a esse ponto.
– Mas nenhuma dessas ideias é conveniente, eu me sinto como se fosse um relógio ou algo do tipo, dando corda cada vez mais. Se eu não achar algo para fazer logo, eu vou morrer.
– Calma, Elena, vai dá tudo certo. – Meredith me tranquilizou.
– Bom, vamos combinar logo essa festa que é bem melhor. – falei encerrando o assunto.
– Vamos! – responderam elas.
Cena 4
POV Elena
A caminho da sala de aula, encontrei Matt. Ele estava cabisbaixo e me olhava com um olhar triste.
– Matt, sinto muito. – tentei consolá-lo.
– Elena, esse cara francês é de verdade?
Olhei bem para ele e respondi:
– Não. Eu o inventei, simplesmente, para mostrar para todo mundo que eu não estava aborrecida por causa...
– Por causa do Estefan, eu entendo. Olha, Elena aquilo foi bem babaca dele, mas não acho que foi pessoal. Ele é desse jeito com todo o mundo.
– Exceto você. – acusei-o.
– Não. Ele fala comigo, às vezes, mas não sobre nada pessoal. Ele nunca diz nada sobre sua família ou que ele faz fora da escola. É como se tivesse uma parede. O que é uma baita pena, por que por trás dela existe um miserável.
– Eu nunca havia considerado isso antes. – der repente uma ideia ótima veio em minha mente. – Matt, não acha que seria uma coisa boa se alguém fosse para trás daquela parede? Você não acha que seria a melhor coisa que poderia acontecer a ele? – eu já estava cheia de esperanças.
– Elena, você é inacreditável. Você torce as pessoas com seu dedo e eu acho que você vai me pedir um favor, como emboscar Estefan e eu sou um bundão tão idiota que eu posso até mesmo concordar com isso. – ele falou com estresse.
– Você não é idiota, você é um cavalheiro. E eu quero te pedir um favor, mas só se você acha que é certo. Eu não quero magoar Estefan e eu não quero magoar você.
– Não quer? – perguntou surpreso.
– Não. Eu sei como isso deve soar, mas é verdade. Eu só quero...
– Você só quer todos e tudo girando ao redor de Elena Gilbert. Você só quer tudo que não tem.
A verdade doeu. Fiquei chocada. Minha garganta inchou e o calor se reuniu em meus olhos. Ninguém nunca ousou a dizer isso comigo.
– Isso não é verdade! – protestei
– Não, Elena, não fique assim. Sinto muito. Tudo bem, o que eu tenho que fazer? Atá-lo e jogá-lo na sua entrada?
– Não. Eu só queria que você fizesse com que ele fosse para o Baile de Boas-Vindas, semana que vem.
– Você só quer que ele esteja no baile?
– Sim.
– Tudo bem. Eu tenho quase certeza que ele estará. E Elena... Não há ninguém que eu queira levar além de você.
– Tudo bem, obrigada.
– Não me agradeça Elena. Não é nada... Mesmo.
Ele saiu e ouvi uma pessoa se aproximando atrás de mim.
– Fique parada ai! Conversando com ex? –essa voz só poderia ser de Meredith. Virei para ficar de frente para ele.
– pedindo um favor. –falei
– Eu ainda acho que ambos são maravilhosos. – Bonnie falou entrando na conversa.
– Quem? –perguntei sem entender.
– Como se não soubesse. Esses seus dois caras que conseguiram um milagre no último minuto no jogo de ontem. Quando Estefan pegou aquela bola e fez o gol. Eu achei que ia desmaiar ou vomitar. – Respondeu- me Bonnie.
– Ah, por favor. – Meredith repreendeu-a.
– E Matt, aquele garoto é simplesmente poesia em ação... –continuou Bonnie.
– E nenhum deles é meu. -Conclui.
Cena 5
POV Estefan
As aulas haviam chegado ao fim. Eu estava saindo da escola quando Caroline pediu para me acompanhar. Ela e Matt eram os colegas mais próximos de mim, eu estava feliz por ter eles ao meu lado.
– Assim não vale Estefan! Aquele jogo estava muito difícil. Não seja modesto. – Ela elogiou-me.
– A modéstia é um dom muito sutil.
– Tá legal, 2 para Estefan e 0 para Caroline.
Sorrimos. Escutamos Matt se aproximar e diminuímos os passos para que ele pudesse nos acompanhar.
– Oi, Matt. –cumprimentei-o
– Desculpe interromper essa conversa, mas eu gostaria de lhe informar que semana que vem irá ter o baile anual de Boas-Vindas e eu gostaria que fosse.
– Eu não sei se devo. Eu não gosto de bailes. –Eu sempre evitava bailes quando era mais jovem. Apenas Cecília conseguia me levar para um...
– Boa ideia, Matt! Estefan você é o aluno novo, você precisa está lá. – Caroline o ajudou.
– É, Estefan, vai ser muito legal. – Matt tentou me convencer.
– Já que insistem. – Um baile seria bom para me distrair. – Caroline você já tem acompanhante? – Seria justo convidá-la para ir comigo.
– Não.
– Quer me acompanhar?
– Sim, claro.
Seguimos o percurso em meio aos planos que Caroline fazia para o baile.
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