Cena 1
POV Elena.
Como prometido, fomos á clínica de reabilitação com Jeremy. Fiquei surpresa pela reação dele quando entrou no lugar, a expressão dele era curiosa. Finalmente eu soube que ele realmente queria mudar.
Outra coisa que me surpreendeu foi à forma que ele olhava para Analu. Sim, uma amiga que ele fez há poucos dias, mas só nos conhecemos hoje. O olhar deles parecia sincronizado e muito intenso. Tenho quase certeza que algo mais existe ali. Enfim, eu só queria que ele fosse feliz.
– Aqui é o melhor lugar para se recuperar. Você pode conversar com pessoas que passaram pelos mesmos problemas. Será acompanhado por ótimos especialistas. – A assistente da clínica o orientou.
– Nós iremos lhe visitar todos os dias. – Analu falou enquanto segurava a mão de Jeremy.
– Nós estaremos sempre ao seu lado. – apoiou tia Judith.
– Você vai sair livre das drogas. – concluí.
– Obrigado pelo apoio.
Abraçamo-nos todos de uma vez. Isso era tão caloroso!
– Eu só queria que a Vickie também tivesse tomado consciência. – lamentou Jeremy.
– Um dia ela vai tomar. – falei esperançosa. Tomara que isso realmente se realize.
– Jeremy, você gostaria de visitar os outros lugares? – perguntou a assistente.
– Sim, vamos.
Deixei-os irem à frente. Tentei acompanhar Analu que também estava um pouco atrás.
– Obrigada, Analu, eu sei que você é a principal responsável pela recuperação do Jeremy.
– Eu só quero o bem dele.
Sorri para ela e continuamos o percurso.
Cena 2
POV Estefan
Logo que Elena saiu de minha casa, tratei de preparar o meu discurso que seria usado diante do delegado. Eu ficava tão nervoso com essa situação, eu nunca fiz nada que me metesse em uma situação assim. Teria que provar a todos que sou inocente.
– Sr. Salvatore?
– Sim, sou eu.
– O delegado quer lhe ver.
Levantei e fui à sala dele. Este era o momento certo, tomara que dê tudo certo.
– Sr. Salvatore sente-se. – pediu o delegado.
Obedeci à ordem.
– Serei bem claro, você é um dos principais suspeitos pela morte de Tanner. Espero que esteja ciente disso.
– Sim, estou também ciente que sou inocente.
– Onde você estava na noite em que o velho homem foi atacado?
– Eu estava em casa com o meu tio Zac.
– E na noite em que Vickie Bennet foi estuprada?
– Eu estava na festa com Caroline Forbes.
– Alguém estava perto de você fora a Caroline?
– Matt Bennet, Bonnie, Meredith Sulez e muitos outros alunos.
– O que aconteceu exatamente na noite em que Tanner foi assassinado?
– Eu estava ajudando a Elena Gilbert a organizar a fantasia do professor Tanner. Nós tivemos uma pequena discursão e até que ele resolveu usar a fantasia. Depois eu dancei com a Elena, depois fui ao banheiro e aí me informaram que ele havia sido assassinado.
– Por que fugiu?
– Na verdade, senhor, eu não fugi. Eu tive uma discursão com meu irmão e saí muito machucado. Se quiser comprovar, é só você se informar com a direção do hospital que eu fiquei internado. – Entreguei o endereço, o nome da médica que me atendeu e as cópias dos exames que eu havia feito.
– Confirmarei os fatos com as testemunhas apresentadas. Por enquanto o senhor está liberado.
– Obrigado, senhor.
Despedimo-nos e eu saí mais tranquilo.
Cena 3
POV Jeremy
Não era obrigado, mas eu preferi passar o primeiro dia aqui na clínica, só assim eu me acostumaria.
– Adorei a surpresa. – Analu falou com um belo sorriso.
– Que bom. Eu tomei essa decisão após aquela conversa que tivemos no cemitério. Eu estava sendo um tolo.
– Mas o que importa é que tomou a decisão na hora certa.
– Obrigado.
Ela aproximou-se de mim e me beijou, mas dessa vez eu a correspondi com toda vontade.
Cena 4
POV Elena
Entrei no casarão dos Salvatores e não encontrei Estefan. A preocupação veio rapidamente. Será que Damon havia feito algo contra ele?
De repente o cheiro de comida tomou conta da sala. Fui até a cozinha e o encontrei.
– O que está fazendo?
– O jantar. Com o Zac viajando, eu assumo a cozinha.
Dei um sorriso. Ele fica tão lindo cozinhando!
Sem mais, fui ajudá-lo.
– Fui à delegacia hoje.
– E aí?
– Eu dei meu depoimento. Eles não têm provas suficientes contra mim. Ainda vão pedir o testemunho de vocês, mas por enquanto estou livre.
– É claro que o meu será a seu favor.
Ficamos um minuto de silêncio, mas logo depois resolvi quebrá-lo.
– Não sabia que cozinhava.
– É só um prato que eu gosto de fazer.
– E o que é?
– É uma antiga receita de macarronada que o meu avô trouxe da Itália. Era o prato preferido de Cecília. A última vez que fiz foi quando a pedi em namoro.
– Sente muitas saudades dela.
– Sim. Das boas lembranças. Os sorrisos contagiantes, o lado doce e egoísta... Eu não me martirizo mais pela morte dela. Eu só me arrependo por não ter me despedido dela melhor.
– E por que você resolveu voltar a fazer este prato hoje?
– Por que eu quero lhe mostrar um pouco mais sobre mim. Estou disposto a seguir a minha nova vida.
Logo depois, senti os lábios quentes sobre os meus. Sincronizados de uma maneira intensa.
Cena 5
POV Damon
Depois de mais um dia entediante, resolvi aproveitar o que tem de melhor nesta pequena cidade, O bar.
Confesso que aqui é um lugar agradável, pois há muitas mulheres lindas olhando para mim. Como essa que acabou de se aproximar. Eu já fiquei com ela uma vez. E em geral não gosto muito de repetir, mas com essa garota é diferente. Ela se droga tanto que no outro dia nem lembra o que aconteceu.
– Eu conheço você. – ela falou enquanto me olhava de um jeito sexy.
– Deve está me confundindo com outra pessoa.
– É deve ser. – eu não falei?
– Mas eu posso lhe conhecer melhor...
Ela deu um sorrisinho.
– É claro gatinho. Me procura mais tarde.
Ela saiu e eu continuei a tomar a minha bebida favorita. Fiquei planejando o que eu faria mais tarde...
Cena 6
POV Estefan.
Elena e eu conversávamos abraçados no chão da sala. Era um momento tão gostoso, tinha uma sensação tão boa que eu desejava ficar assim para sempre.
– Não sabia que conhecia tantos filmes. – Elena falou surpreendida.
– Eu gosto de filmes. Amo comédia romântica e Simplesmente Amor, eu assisto quantas vezes você quiser.
– Também gosta de livros estrangeiros.
– Para mim Shakespeare é o melhor escritor do mundo.
– Gosto também de Shakespeare. Sonho de uma noite de verão foi o livro que eu mais gostei de ler.
– Já temos uma coisa em comum.
Abracei ainda mais e beijei a sua bochecha.
– Gosto de estar assim, conversando juntinhos... – Elena falou concordando com os meus pensamentos.
– Podemos fazer isso sempre que quiser.
Transferi o beijo até a boca. Sentindo o doce sabor de seus lábios.
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