Cena 1
POV Elena
Eu estava perdida. Queria encontrar respostas concretas para todo aquele problema. Teria que colocar tudo em pratos limpos.
Lembrei de uma vez que Estefan havia me dito que ele e Caroline almoçavam juntos na sala de vídeo, e esse foi o primeiro lugar que resolvi procura-la.
Fui a tal sala e encontrei a porta entreaberta. Aproximei-me e fiquei escutando as vozes que saiam de dentro. Pareciam Caroline e Tyler.
– Mas como podemos ter certeza de que eles vão escolher? – Caroline perguntou.
– Meu pai é do conselho da escola, eles vão escolher, pode ter certeza. – Tyler respondeu com segurança. – e, além disso, quem mais seria o “Espirito da escola”? Ela deve ser inteligente e bem constituída.
– Eu não sou inteligente, imagina!
– Eu disse isso? Olha se quiser ser a de vestido branco na parada do Dia dos Fundadores, tudo bem, mas se quiser ver Estefan Salvatore fugir da cidade com base nas evidências do diário da namorada dele...
– Mas por que esperar tanto tempo?
– Por que assim você vai estragar a comemoração também. A comemoração dos Ferreiras! Por que eles têm o crédito pela fundação da escola? Os Sousas chegaram aqui primeiro. – retrucou Tyler.
– Ah, quem liga para quem fundou a escola? Só o que eu quero é ver Elena humilhada na frente de todo o colégio.
– E o Salvatore, ele terá sorte se não terminar enforcado numa árvore. Tem certeza de que as evidências estão lá?
– Quantas vezes vou ter que explicar? Primeiro, diz que ela perdeu a fita em 3 de agosto no cemitério. Depois, diz que ele a pegou naquele dia e a guardou. A ponte Wickery fica ao lado do antigo cemitério. Isso quer dizer que Estefan estava perto da ponte em 3 de agosto, na noite em que o velho foi atacado lá. Todo mundo já sabe que ele estava no local dos ataques da Vickie e do Tanner. O quer mais você quer?
– Isso não se sustentaria em um tribunal. Talvez eu deva conseguir algumas provas para colaborar. Tipo, perguntar ao Zac que horas ele chegou em casa naquela noite.
– Ah, e quem liga? A maioria das pessoas já acha que ele é culpado. O diário fala de algum segredo que ele esconde de todos. As pessoas vão entender a ideia.
– Está guardando em um lugar seguro?
– Não Tyler, está guardado sobre a mesa de centro! Acha que sou tão idiota assim?
– Idiota o bastante para mandar bilhetes a Elena, dando dicas a ela. Olha só isso, é inacreditável. E tem que parar com isso agora. E se ela deduzir quem está fazendo isso?
– O que ela vai fazer? Chamar a polícia?
– Ainda quero que você pare com isso. Espere até o Dia dos Fundadores, depois vai ver a Princesa do gelo derreter.
– E dizer tchauzinho a Estefan. Tyler... Ninguém vai machuca-lo, não é?
– E quem liga? Deixe isso comigo e os meus amigos, Caroline. Faça apenas a sua parte está bem?
– Convença-me.
Os dois se beijam e eu sai apavorada com o que eu tinha visto.
Cena 2
POV Elena
– A batalha de Wickery teve início em 1864 e felizmente, terminou no mesmo ano. Ela recebe esse nome por conta de um soldado americano, John Wickery. Líder revolucionário que morreu de forma trágica. – Alaric nos contou uma parte da história de nossa cidade.
O sinal toca e todos os alunos se levantaram. Até que enfim, nunca esperei tanto 0 por esse toque antes. Eu precisava contar as meninas à verdade. E principalmente, eu queria sair desse ambiente tenso.
– Ok! Continuamos essa história depois. – Alaric encerrou a aula.
Fui em direção à porta e acabei ouvindo o que Sue falava para as outras.
– Nunca mais eu o vi. Mas ele ainda está na cidade. – Sue falou corando. Logo imaginei de quem ela poderia está falando.
– Se eu fosse você, ficaria longe de Damon. Eu estou falando sério. – aconselhei-a.
– Quer dizer, por que ele é seu também? Ou... – aquela pergunta caiu como uma bomba em cima de mim.
Sorri e falei:
– Quero dizer, porque ele é perigoso e eu não estou brincando.
Senti Bonnie e Meredith se aproximando atrás de mim e tratei de sair do meio da roda de garotas.
– Onde estamos indo? Pensei que a gente ia conversar com Caroline. – Meredith perguntou confusa.
– Não vamos mais. Espere até chegarmos a casa. Depois eu conto o porquê.
Cena 3
POV Elena
– Não acredito. Quero dizer, mas não acredito. Nem mesmo sobre Caroline. – Bonnie falou espantada.
Eu havia acabado de contar a elas sobre o que eu havia descoberto. E assim como eu, ficaram muito supressas.
– É Tyler. Os grandes planos são dele. E ainda dizem que homens não se interessam por diários.
– Na verdade, a gente deve agradecer ao Tyler. Graças a ele, pelo menos temos até o Dia dos Fundadores para agirmos a respeito disso. Por que você disse que devia ser no Dia dos Fundadores, Elena? – Perguntou Meredith.
– Tyler tem algo contra os Ferreiras.
– Mas os fundadores estão mortos! – falou Bonnie sem intender a intenção de Tyler.
– Bom, isso não parece importar para Tyler. Lembro que ele falou disso no cemitério também, quando a gente estava procurando o túmulo deles. Ele acha que roubaram o lugar de direito dos seus ancestrais como fundadores da escola ou algo assim.
– Elena, tem mais alguma coisa no diário que possa atingir Estefan? Além da história sobre velho, quero dizer. – interrogou Meredith.
– Isso não basta? – falei incrédula.
– Basta para prenderem Estefan, como eles disseram. – Bonnie havia razão e isso me deixava apavorada.
– Caroline disse que estava escondido em um lugar seguro. O que significa que é a casa dela. Ela só tem um irmão no primeiro ano, não é? E a mãe dela trabalha. Eles ainda têm empregada? – Meredith analisou.
– Por quê? Que diferença isso faz? – Bonnie tirou a pergunta dos meus pensamentos.
– Bom, não vamos querer ninguém entrando enquanto estivermos roubando a casa. – Meredith falou séria.
– Enquanto estivermos o que? Não pode estar falando sério! – Bonnie falou perplexa.
– E o que a gente vai fazer? Ficar sentada e esperar até o Dia dos Fundadores e deixar que ela leia o diário da Elena na frente de toda a escola? Ela roubou o diário da Elena da sua casa. Temos que roubar de volta. – Meredith explicou o plano.
– Primeiro foi o Damon quem roubou e segundo, vamos ser apanhadas, seremos expulsas da escola... Se não acabarmos na cadeia. Diga a ela, Elena.
– Bom... Vamos fazer isso. Mas precisamos ter cuidado.
– Não poderemos conversar sobre isso?
– Não há nada o que conversar. Você vai. Lembra-se da promessa? – obrigou Meredith
– O juramento de sangue era só para ajudar Elena a conseguir Estefan!
– Pense bem. Você jurou que faria o que Elena pedisse com relação a Estefan. Não dizia que era “só até conseguir o cara”.
– É verdade. E você mesma disse que “jurar com sangue significa que você tem que se prender ao juramento, não importa o que acontecer”. – lembrei-a.
– Tudo bem. Agora estou presa pelo resto da minha vida a fazer o que Elena quiser que eu faça em relação a Estefan. Que maravilhoso!
– Esta será a última coisa que te peço. Eu prometo. – falei.
– Não! Não prometa Elena! Pode se arrepender depois. –Falou Meredith.
– Agora você está fazendo profecias também? – perguntei. – Como vamos conseguir a chave da casa de Caroline por mais ou menos uma hora?
Cena 4
POV Elena
– Um encontro Bonnie? – perguntei desanimada. Aliais, eu não havia animo para nada.
Dias havia se passado desde o descobrimento do plano de Caroline Para me destruir. Eu estava muito nervosa. Qualquer coisa que acontecia ao meu redor já era motivo para me assustar. Alguém me salvará ou irei me machucar?
– É. Precisamos nos distrair. Toda essa história do diário, Damon, enfim, Está nos deixando malucas! E depois, quanto tempo faz que nós não fazemos um encontro entre amigos?
– Eu aceito. É a única esperança que eu tenho para ficar com Alaric.
– Vamos Elena!
– Tudo bem, mas nada de exagero. Podemos jantar no Grill, conversar... Podemos convidar o Matt se vocês quiserem...
Tenho que admitir que a ideia de Bonnie é boa. Nós precisávamos sair dessa concha de problemas.
Cena 5
POV Elena
Sexta-feira, 25 de novembro.
Querido Diário,
Desculpe por demorar tanto. Ultimamente ando ocupada demais, deprimida ou as duas coisas.
Além disso, com tudo que aconteceu, estou quase com medo de continuar a ter um diário. Mas eu preciso me voltar para alguém, por que agora não há um único ser humano, nem uma pessoa na Terra de quem eu não esconda um segredo.
Bonnie e Meredith sabem a verdade. Tia Judith não sabe de nada. Estefan não sabe de Caroline, sobre o diário e sobre Damon. Este está em todos os meus pesadelos.
Agora minha vida está cheia de mentiras e preciso de alguém com quem ser totalmente sincera. Vou esconder esse diário debaixo da tábua solta do closet, para que ninguém encontre, mesmo que eu caia morta e eles limparem meu quarto. Talvez um dia, quando um dos netos de Margareth for brincar ali e cutucar a tábua. Até lá, ninguém irá encontra-lo. Este é o meu último segredo.
Não sei por que estou pensando em morrer. Isso é maluquice da Bonnie. É ela que pensa que seria muito romântico. Eu sei como é. Não havia nada de romântico nela quando papai e mamãe morreram. Só os piores sentimentos do mundo. Quero viver por um bom tempo. Casar com Estefan, criar os meus futuros filhos e ser feliz. E não há motivos para não poder fazer isso, depois que todos esses problemas ficarem para trás.
Só que há vezes em que eu fico com medo e não acredito nisso.
Isso não importa. Tudo vai dar certo. Tem que dar certo. E depois vamos ficar juntos e felizes. Não há motivos para podermos. Não há motivo...
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