Cena 1
POV Elena.
Desci as escadas com o longo vestido azul. Tias Judith e Margareth me observavam atentas.
– Eu queria ter um vestido como esse para o dia das bruxas... – Margareth falou com uma carinha triste.
Aproximei-me dela e abaixei para ficar no mesmo tamanho que ela.
– Eu acho que você fica melhor como uma gatinha branca.
Beijei as orelhinhas de Margareth e depois virei-me para tia Judith.
– Como estou?
– Perfeita!
Olhei para o relógio com muita ansiedade.
– Ah, não, são quase sete. Estefan vai chegar a qualquer minuto.
– Aquele é o carro dele? – ela falou enquanto olhava pela janela.
– É. Tchau! Divirtam-se na festinha da escola!
Corri até a porta e abri antes dele descer do carro. Ele veio a mim com uma cara estranha.
– Você não gostou? – perguntei preocupada.
– Não, não, está lindo. Você é linda!
Examinei-o de cima para baixo. Mordi os lábios ao ver o quanto ele estava incrível.
– Você está maravilhoso!
– É melhor irmos.
Ele me deu a mão e seguimos até o carro.
Cena 2
POV Elena
Ao chegarmos à festa, encontramos pessoas fantasiadas de todos os estilos.
Formos em direção a Meredith que parecia bastante preocupada.
– O que foi Meredith?
– O treinador Lyam está doente. Então, alguém colocou o Tanner de substituto.
– O professor Tanner?
– Sim e ele já está criando problemas. A pobre da Bonnie já aguentou o suficiente. É melhor você ir até lá.
Saí apressada até Bonnie. Mas que droga! Quem poderia ter feito isso?
Aproximei-me do local e vi Bonnie tentando convencer Tanner a colaborar.
– Mas você tem que utilizar o sangue. É parte da cena. Você é um sacrifício. – Bonnie falou com desespero.
– Usar essas túnicas ridículas. Já ruim o bastante. Ninguém me informou que eu teria que espalhar xarope em mim. – Tanner respondeu com ignorância.
– Ele realmente não fica bem em você. – admitiu Bonnie.
– Quanto a isso, a precisão de todo esse esquema é altamente suspeita. Ao contrário da crença popular, os Druidas não construíram Stonehenge, foi construído por uma cultura da época do bronze que...
– Essa realmente não é a questão. – interferi.
– Não, não seria para você e sua amiga neurótica aqui estão reprovando em história.
– Isso foi desnecessário. – Estefan falou atrás de mim.
– Senhor Salvatore, suponho que você tenha novas palavras de sabedoria para oferecer. Ou vai me dar um olho roxo?
– Não, não vou. Eu acho que esse negócio todo saiu das proporções. Por que não...
– Tudo bem, está tudo sob controle. Tanner se não quiser colaborar com a festa dos seus alunos tudo bem, nós arranjaremos outro. – falei querendo acabar logo com aquilo.
Aproximei-me de Estefan e falei ao seu ouvido.
– Amor, tenta convencer o Tanner a colaborar, por favor.
– Tudo bem.
– Me encontra no salão depois.
– Vamos lá para frente. – Falei puxando Bonnie para longe dali.
Cena 3
POV Jeremy
Tenho que admitir que essa festa estava legal, eu sempre gostei do dia das bruxas.
Olhei para os lados e vi uma Mulher maravilha se aproximando de mim.
– Qual é? você me persegue? Você aparece e desaparece de uma hora para outra. - falei para Analu.
– É claro, eu sou uma super-heroína.
– Você tem bom humor, isso é legal.
– Você não ouviu? Eu sou uma Super Garota.
– Ok, mas por que você perde o seu tempo ficando aqui comigo. Quais as suas intenções.
– Tem que haver segundas intenções para ficar com você. Em que mundo você vive cara?
– No mundo dos interesseiros e que passam por cima dos outros para conseguirem o que querem.
– Você é um pessimista. E se alguém quiser ser apenas a sua amiga, o que você faria?
– Eu pensaria no caso dela.
– Isso é um sim?
– É um talvez. Mas pode tentar.
– Vou levar sua dor de cabeça para longe.
– Então super garota, o que faria agora?
– Te convidaria para dançar.
– Eu aceito, vamos.
Aquela garota insistente já estava me ganhando. Ela parece ter sempre um truque escondido e eu quero sempre saber qual é. Talvez ela seja mesmo uma super garota.
Cena 4
POV Elena
– Como está indo aqui? – perguntei logo após chegar ao salão.
– Tudo está bem. – Matt me respondeu.
– Quando Estefan terminar com Tanner, eu acho que o mandarei pra cá. Ele pode ajudar a trazer pessoas.
– Terminar o que com o Tanner? – perguntou Matt.
Antes que eu respondesse, um estrondo soou e se espalhou por todos os lados. Ótimo! Uma chuva para atrapalhar.
– Espero que não chova. – desejou Bonnie.
– Sim, seria uma pena se ninguém viesse.
Caroline surgiu no meio da multidão com uma bela fantasia de Cleópatra.
Confesso que aquelas palavras doeram em mim. Eu sei que ela quer me atingir de qualquer forma. Mas o que me mantem sã é a memória da nossa infância, das brincadeiras, dos sorrisos, enfim, da nossa amizade.
– Caroline, olha, podemos ficar de bem? Podemos esquecer o que aconteceu e começar de novo?
– Nunca esquecerei.
Ela saiu da sala e eu fiquei magoada, mas se ela não queria assim eu não moverei uma palha para mudar isso.
Estefan me abraçou por trás e beijou o meu pescoço.
– Deu tudo certo com o Tanner. Tem mais alguma coisa que eu possa fazer?
– Sim. Venha dançar comigo.
Cena 5
POV Elena.
Estefan e eu formos até o meio do salão e começamos a dançar.
Eu não poderia estar melhor. Ter ele ao meu lado me deixava mais viva. É como uma luz que ilumina um quarto escuro. Eu não sei por que o amo, pois... É apenas amor.
Eu o observava e ele parecia distante como sempre. Parece que ele partiu, mas ele realmente está aqui quando todo movimento parece fora de foco.
– Está tudo bem, Estefan?
– Só estou um pouco cansado.
– Eu venho notando você um pouco indiferente nesses últimos dias.
– Nada de importante.
– Por que você não me conta? Talvez eu possa...
– Não, não pode ajudar.
– Damon me disse que era mais feliz. Por que você não consegue confiar em mim?
– Não deve escutar o Damon.
– Por que não? Tem medo que ele faça comigo o que ele fez com a Cecília?
– Está vendo o que ele fez aqui? Ele está colocando você contra mim.
– Está funcionando.
Saí de perto dele furiosa. Embora eu estivesse com raiva, o amor é uma batalha e estou aprisionada por seu amor e isso me dá vontade de lutar por ele.
Cena 6
POV Elena.
Fui até a sacada observar as estrelas e pensar um pouco. Eu sei que é ridículo ficar brigando assim, mas Estefan não colabora. Quero ajudar, mas ele simplesmente não deixa. O que será que ele tanto teme?
– Hoje o tempo está lindo!
Damon se aproximou e ficou ao meu lado.
– Não gosto de obscuridade. – cortei o assunto.
– Desculpe Elena, por ter entrado daquele jeito, ter agido daquela forma.
– Que isso não se repita.
– Eu vi que você e o Estefan estavam discutindo. Que ciumento ele é!
– Sem essa, Damon. Eu não sou a Cecília para você me manipular.
De repente os gritos de Bonnie se espalharam por todo o lugar.
– É a Bonnie! O que será que aconteceu?
Corremos para ver o que tinha acontecido.
Ao entrar na sala pude ver o porquê do desespero todo. Aquela era uma situação horripilante.
– Ele está morto. – Bonnie repetiu mais uma vez.
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