Cena 1
POV Elena.
Finalmente havia chegado à festa no sítio. Fui acompanhada de Jeremy, ele havia insistido bastante para vir e eu acabei aceitando. Espero não me arrepender.
Meredith veio em nossa direção com um sorriso que não cabia no rosto.
– Elena! Que bom que você chegou. Olha quanta gente! – Meredith falou admirada.
– Eu estou vendo.
– Arrecadamos mais do que esperado. – Ela me informou.
– Que ótimo! É muito bom ver todos se divertindo.
– Bom, eu vou lá dentro para ver como estão as coisas.
– Tá depois eu vou também dá uma ajudinha.
Meredith saiu e eu virei para o Jeremy.
– Eu deixei você vir para essa festa, mas eu quero um bom comportamento.
– Você não é a minha babá! – falou Jeremy com ignorância.
– Continue assim que eu vou acabar sendo.
Ele saiu e me deixou falando sozinha.
Cena 2
POV Elena
Saí pelo oceano de pessoas que preenchiam cada lugar do sítio. Sem querer, encontrei Bonnie meio distraída e eu resolvi me aproximar.
– Valeu a pena o nosso esforço a festa está ótima. – Ela falou logo depois que percebeu a minha presença.
– É valeu.
Olhei para ela e percebi o quanto estava séria. O que será que ela tinha? Faz tempo que eu não tinha uma conversa séria com ela.
– Sabe, nós nunca mais conversamos de verdade, como tem passado Bonnie?
– Vai indo. Minha avó continua insistindo na história de bruxa, ela até me ensinou uns feitiços.
– Sério?
– Eu posso ver um pouco do seu futuro, mas eu preciso de algum objeto...
Querendo deixar o clima mais leve, peguei uma garrafa e dei para ela.
– Serve isto?
– Não é brincadeira, Elena!
Ela tocou na garrafa e se concentrou e de repente perdeu o foco.
– Bonnie?
– Eu vejo... Escuridão, gritos, uma ponte... Não!
– Bonnie, o que você viu?
– Deixe para lá. Eu estou bêbada só isso.
Ela saiu e eu fiquei muito preocupada. Uma mão tocou a minha cintura e eu virei. Pude ver que era Estefan.
– Tudo bem? – ele perguntou preocupado.
– Estefan! Você veio. – falei animada. Era difícil ele vir a uma festa.
– Como prometi, mas o que aconteceu?
– A Bonnie, às vezes ela faz coisas que eu me preocupo.
Antes que ele respondesse, puxei-o até o outro lado do sítio.
– Bom, vamos, eu vou te mostrar o sítio.
Cena 3
POV Jeremy
Essa festa está um saco! Tyler e seu bando de idiotas resolveram tirar o meu sossego.
Mas agora já estava feito, eu já estava nessa maldita festa.
Sentei em um lugar qualquer para beber algo e esperar os meus ferimentos pararem de doer.
Estava tudo bem, até alguém tapar a claridade. Olhei para cima e vi uma garota baixinha e ate bonita parada na minha frente.
– Qual é garota, não tem nada para fazer não?
– Tenho, ajudar você. – Mais que garota insistente!
– Eu não preciso da sua ajuda!
– O senhor ignorante não percebeu que está ferido? Esses machucados precisam ser cuidados. Deixa-me ver...
– Não toque ai!
Sem escutar ele chegou mais perto e averiguo as feridas. E deu assopro.
– Ai! – reclamei.
– Desculpe e que achei que iria se sentir melhor.
– Ok, você já olhou agora pode me deixar em paz?
– Não, até você estiver melhor!
Ela me ajudou a levantar e me levou ao lado de dentro do sítio. Lá ela lavou as feridas e colocou um curativo.
– Em casa você passa um remédio. Elas vão sarar logo.
– Obrigado.
– Por nada. Te Vejo depois.
Ela sumiu da minha vista. Quem será essa garota?
Cena 4
POV Elena
– Você sabia que ainda é o motivo de falação na escola? – quebrei o silêncio que reinava enquanto andávamos.
– É mesmo? E o que você acha que eles pensam sobre mim?
– O garoto estranho, triste...
– Sabe que eu às vezes penso assim sobre você?
– Eu não sou assim o tempo todo!
– É que nós nos conhecemos no cemitério.
– Não, nos conhecemos no banheiro masculino.
– É foi.
Ele olhou bem para mim e perguntou:
– Elena qual é a sua verdadeira história?
Ele havia tocado em um assunto difícil, mas eu não esconderia nada para ele.
– Bom, eu era a criança feliz, a adolescente popular que conseguia tudo que queria até... Até abril deste ano, quando o carro dos meus pais caiu da ponte Wickery. Eu sobrevivi e eles morreram e só de pensar que foi por minha culpa. Se eu não tivesse fugido, se tivesse ido embora quando as meninas foram eles não teriam ido me buscar naquela festa e estrariam vivos. Mas eu fui idiota. – Tentei impedir, mas as lágrimas caíram dos meus olhos.
– Não foi sua culpa, Elena. Já estava no destino deles.
Eu não queria falar mais nesse assunto. Ele só me trazia dor.
– Chega de falar sobre mim! Que tal me contar um pouco sobre você.
– A minha história também não é tão feliz. Perdi minha mãe muito cedo, ela foi vítima de câncer no útero. Nós ficamos arrasados. Meu pai até mudou os negócios para São Paulo, só para amenizar a dor.
– Como conheceu a Cecília?
– Assim como você eu a conheci no ginasial. Fazia o 2ª ano. Ela era nova na escola, logo fizemos amizade e com o passar do tempo nos tornamos algo mais do que isso.
– E o Damon?
– O Damon sempre foi irresponsável. Ele pediu parte da herança dele ao meu pai e saiu no mundo. Gastou tudo com mulheres, jogo, enfim quando ele percebeu que estava sem dinheiro, voltou para casa. Cecília e ele logo ficaram amigos. Isso me deixava com muita raiva. Eles ficaram próximos a cada dia.
– E vocês brigaram.
– Sim. Lembro que numa noite, eu havia acabado de chegar de uma festa com os amigos. Avisaram-me que havia acontecido um incêndio no apartamento onde ela morava e que ela havia morrido.
– Eu sinto muito.
– Eu prometi para mim mesmo que jamais amaria alguém, mas você me fez mudar de ideia.
Ele deu o sorriso mais lindo que eu já vira e acariciou o meu rosto.
– Você está com sede? Vamos tomar alguma coisa.
– Vamos.
Saímos de mãos dadas para tirar a tensão que preenchera o ar.
Cena 5
POV Estefan
Depois de nos deliciarmos com uma boa bebida. Elena e eu voltamos para ponte para apreciarmos a bela vista. Olhei para os lados e percebi que Matt não parava de nos olhar. Para mim ele estava com ciúmes da Elena comigo.
– Eu estou preocupado com o Matt. Ele não para de nos olhar.
– Eu acho que ele ainda gosta de mim. Quando começamos a namorar, eu achava que amava ele, mas me enganei. Depois da morte dos meus pais eu percebi que não era...
– Amor?
– Amor. Tudo não passava de uma amizade.
– Ele não pensa assim.
– Mas eu penso.
Ela veio em minha direção e me deu um beijo. Ele me amava e nuca duvidaria disso.
Pensei em algo que poderia acabar com isso, Damon. Eu teria que alertá-la para não corrermos riscos.
– Escute. Eu não quero que você fique muito próxima de Damon.
– Por quê?
– Ele é perigoso. Tenho medo que ele faça alguma coisa com você.
– pode ficar tranquilo. Ele não fará nada contra mim.
Assim eu esperava. Eu não queria que Damon destruísse minha vida mais uma vez.
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