POV Elizabeth Hilary
Abri meus olhos com intenção de vê-lo mais ele não estava mais lá. Me revirei na cama sentido o cansaço percorrer por meu corpo. Nunca na minha vida senti tanta falta de sono. Sempre que a luzes das velas dos portes da cidade se apagavam era sinal que precisávamos estar em cama, era como um despertador para todos nós.
Olhei para onde Willian estava e percebi que no seu lugar havia um pequeno bilhete. Apresei-me para abrir.
“Minha amada Hilary, a vampirinha que tanto amo. Desejo muito vê-la no nosso ponto de encontro. Preciso que saiba da minha grande satisfação de estar ao seu lado. "
Willian Rober.
Beijei o pequeno papel em minha mão e o guardei.
Espreguicei-me longamente e me levantei. Arrumei-me e me olhei em um espelho, eu estava parecendo um Zumbi com a noite mal dormida.
Mesmo assim essa noite foi perfeita, completamente diferente. Eu nunca iria me esquecer dela.
Fui para o andar de baixo da mansão e logo vi minha família reunida na sala de jantar. Adentrei na sala ampla que estava sem qualquer excesso de barulho.
– Bom Dia! – Os cumprimentei sentando ao lado da minha irmã que estava quietinha comendo.
– Bom Dia! – Todos voltaram.
Minha mãe me olhava atordoada, talvez tivesse traços de preocupação em sua expressão.
Eu a olhei sombriamente e depois meu pai pegou meu olhar. O seu olhar havia indignação e ele observava cada reação minha como seu eu fosse um livro misterioso, a qual teria que desvendar seus mistérios.
– Já deve está sabendo. – Falou interrompendo o constante silêncio.
– Posso saber do que se trata? – Perguntei interessada.
– Teremos visitas hoje e você vai precisar lisonjear-los – Disse meu pai rispidamente.
– Preciso muito saber quem vai nos visitar, para precisar tanto dos meus afazeres. – Falei calmamente.
O que está acontecendo aqui? Será que estou realmente assombrando eles com minha cara de Zumbi?
– Há algumas horas os Rivers estarão aqui para se juntar a nós para um almoço. – Ele me olhava nos olhos, procurando algum indício de hostilidade.
– Me desculpe mais tenho muitos planos para hoje. – A tensão invadiu a todos na ampla sala de jantar.
Vi que meu pai estava preste a se levantar e me bater no rosto.
– Seja qual forem seus planos, desfaça-os. – Seu olhar de perplexo passou a severo.
– Os Rivers podem esperar. Banharei Penélope hoje. – Abaixei a cabeça evitando os diferentes olhares.
– Temos cavalariços por vários motivos, filha. – Repreendeu-me
–Eu sei, mas quero sentir o prazer de fazer isso.
Me levantei olhando para eles mais uma vez e saindo da sala.
Caminhei para o estábulo parando onde estava Penélope. Peguei uma escova e comecei a penteá-la, isso ajudaria a disfarça meus planos de limpa-la.
Após terminar montei nela e segui para o campo.
POV Willian Robertson
Me aproximei da enorme mansão tentando adivinhar qual seria a janela do quarto dela.
Havia três janelas ao lado direito da mansão e eu tinha quase certeza que ali aram os aposentos, mas teria que escolher uma delas. No momento tive a impressão que a janela do lado esquerdo seria a do quarto dela, talvez porque sentia o seu suave perfume vindo de lá.
Me aproximei dessa janela torcendo que fosse realmente a dela. Mais como eu não poderia chamá-la resolvi pegar algo para jogar na mesma. Procurei pela grama verde e encontrei uma pedrinha e atirei, esperando que ela percebesse.
De repente percebi ela colocar a cabeça para fora da janela e ficar completamente surpresa em me ver.
– Willian? O que faz aqui? – Perguntou exaltada, mas ainda surpresa.
– Sai daí, eu vou subir. – Pedi e ela pensou um pouco e se afastou.
Escalei segurando firmemente nas paredes brancas da ampla mansão.
– Mas... – Ela tentou falar, mas eu a calei colocando meu dedo em seus lábios.
– O que está fazendo aqui? E como descobriu que aqui é meu quarto?
– Calma! Eu estava com saudade e também não estava conseguindo dormir. Foi um chute e tanto. - Respondi observando o quarto.
– Você não tem idéia do que está fazendo. Eles vão nos ouvir e nos ver. – Ela me impediu me empurrando para janela.
– Não se você fizer silêncio. – Será que ela não estava feliz com minha presença?
Olhei-a de cima para baixo, ela estava com uma camisola longa de linho branca que cobria completamente suas pernas e braços. Ela estava sexy, e me orgulhei sentindo que agora ela era minha.
– Mas... –Coloquei meu dedo novamente nos seus lábios. Ah, só porque eu queria ficar. Isso é injusto.
– Duvido que não tenha sentido saudades de mim também. –Afirmei, mas em minha mente era como uma interrogação, e eu estava completamente curioso para saber a resposta.
Caminhei para uma cômoda onde havia fotos e alguns objetos dela. Observei detalhadamente cada coisa que meus olhos captavam por ser interessante. Mas entre as coisas que mais me interessei foi uma foto dela no baile em que fui para salva-la. Ela estava linda e muito sexy na foto, não aguentei e guardei a foto no bolso do meu paletó. Iria servir como lembrança.
– Não é conveniente um homem entrar no quarto de uma mulher, ao menos que sejam casados. – Reclamou. Eu não estava com más intenções.
Mas agora estava certo que ela não estava feliz com minha presença. Queria muito perguntá-la mais tudo estava muito claro para mim.
Me aproximei dela para me despedir, sentei na beirada da cama e a enrolei e em seguida beijei sua testa.
– Se não está feliz com minha presença, tudo bem, então eu devo ir embora. –Sussurrei em seu ouvido e senti-a arrepiar. Ela apenas me olhava fixamente e com expressão preocupada.
Me virei para ir embora, mas ela puxou meu braço me fazendo virar o rosto para fita-la.
– Não vá, fique. – Pediu. - Por favor, Willian. – Fiquei surpreso com o pedido, mas aquele biquinho que ela fazia me convenceu a ficar.
– Se quer que eu fique. Tudo bem. – Me deitei ao seu lado na cama e comecei a acariciar o seu cabelo macio.
Ela me começou a me beijar e me puxou mais para perto dela. Qualquer que fosse seus planos naquele momento, eu iria ceder. Puxei sua perna e comecei a beijar seu pescoço e subi novamente aos seus lábios macios. Quando minha mão ia desabotoar os botões da camisola ela me impediu afastando minha mão.
– Não Willian, isso não. – Ela percebeu minha mão na sua perna e tirou rapidamente.
– Tudo bem. – Me afastei um pouco dela. Era uma pena ela ter rejeitado eu sentia muito por isso. Mas eu não procurava prazer, eu implorava pelo amor dela. O prazer que eu tanto desejava e conseguia com outras mulheres era plenamente sem importância para mim. O amor que eu temia que ela não tivesse, era como uma esmeralda para um humilde.
De repente ela interrompeu meus pensamentos colocando sua cabeça em meu peito e eu apenas a envolvi em um abraço apertado.
Percebi que ela começava a fechar os olhos. Não demorou muito e ela os abriu rapidamente me fitando.
– Me promete que vai ficar, por favor, não me deixe. – Em nenhum momento eu estava com a intenção de deixá-la e eu gostava muito de estar em sua companhia. E eu não iria atrapalhar essa vontade que eu tinha de ficar ao lado dela.
– Shiss, prometo. – Ela se aninhou a mim e eu fechei os olhos com a intenção de dormir.
...
Acordei com o sol começando a iluminar o quarto de Hilary, ela ainda estava deitada no meu peito dormindo feito anjo.
Tudo que eu menos queria era deixá-la, mas seria obrigado a isso. Sai com todo cuidado para que ela não acordasse. E antes de pular a janela resolvi deixar um recado, escrevi rapidamente e coloquei no meu lugar na cama.
Beijei o auto da sua testa e me virei para ir embora.
...
Cheguei em casa e dei de cara com meu pai ainda de pijama.
– Já posso adivinhar bebeu a noite toda e dormiu com uma mulher qualquer, e se é que se pode chamar de mulher. – Começou a resmungar besteiras que não dei atenção.
– Não dê palpites da minha vida, não preciso esclarecer ela a ninguém.
Ele me empurrou na parede apertando o meu pescoço.
– EU NÃO SOU UM NIGUÉM, EU SOU SEU PAI. – Gritava grosseiramente.
– Isso não importa a mínima para mim. – Me virei revertendo as posições.
O soltei, eu não seria covarde de bater em meu próprio pai em nenhuma circunstância de ódio.
Ele continuou a me olhar áspero.
– Pelo menos tenha a ousadia e consideração de vir à festa de noivado do seu irmão. E não a audácia inútil de magoá-lo.
O olhei mais uma vez e me virei para ir ao meu quarto.
Eu nunca faria isso com meu irmão, eu iria cumprir meu dever de ir e apoiá-lo como um verdadeiro irmão. E mas tarde eu estava decidido a vê-la como havia prometido. Ela era meu porto seguro e não poderia deixá-la sozinha ou em perigo, eu estaria sempre disposto a protegê-la.
POV Elizabeth Hilary
Quando cheguei à primeira coisa que vi foi Willian me esperando. Ele estava tão bonito tão alegre os seus olhos brilhavam feito uma estrela no céu.
– Bom Dia Willian! – Sorri e ele continuou com o seu belo sorriso. - É muito bom lhe ver. – Acrescentei.
– Bom Dia minha amada Hilary. – Ele me puxou para sentar ao seu lado.
– Você parece feliz. – Observei e de imediato olhei os seus lindos olhos azuis os quais me fascinavam.
– É estou muito feliz e mais feliz ainda em lhe ver. – Ele me olhou profundamente e percebi ele tirar as mãos das costas e me presentear algo.
Era uma linda rosa, vermelha como sangue.
– Obrigada. – A cheirei e surpreendi-me com o seu suave perfume.
– Hoje é a comemoração do noivado do meu irmão. – Informou cessando o silêncio.
Tremi quando ele disse a palavra ‘noivado’, percebi os pêlos da minha nuca se eriçarem.
– Qual é o problema? – Perguntou constrangido.
O abracei rapidamente, que imediatamente voltou o abraço. Senti-o massagear minhas costas, talvez tentando me confortar.
– Willian. – Falei entre os dentes e milhões de lágrimas começaram a escorrem em meu rosto.
– Sim meu amor. – Ele se afastou para me olhar, tentando estudar minhas expressões.
– Não poderemos ficar juntos. – Disse e ele se espantou com minhas claras palavras.
Antes que ele pudesse dizer algo eu continuei.
– Eu estou preste a ficar noiva de Christian Rivers. – Seus olhos se arregalaram.
Senti o medo atingir meu corpo, como um vento frio percorrendo por ele, congelando-me e ainda me deixando imprensada entre pensamentos horrorizastes.
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