POV Willian Robertson
Beijei os seus lábios macios, fazendo de tudo que ela voltava-se o beijo. Até que depois de tanto insistir ela acabou voltando.
O mais estranho e completamente maluco foi que quando eu a beijei eu senti algo diferente das outras mulheres que já conheci. Esse não me dava vontade de parar, me dava vontade que querê-la mais do que eu pudesse ter. Isso era completamente novo para mim.
Confesso que não percebi os minutos passarem. Apertei-a mais a mim colocando minhas mãos na sua cintura e logo em seguida ela colocou seus braços no meu ombro enrolando no meu pescoço de leve.
Quando ela começou a se afastar de mim.
– Não deveríamos ter feito isso. – Falou, mas não senti arrependimento no seu olhar.
– Hilary. – A chamei segurando seu rosto para que ela olha-se para mim. - Eu não sei explicar... Apenas me entenda. Eu não quero que me entenda mal. – Ela me olhou nos olhos.
– Eu nunca fui de ficar com uma garota... Eu nunca deixei... – Ela tirou minhas mãos do seu rosto.
– Hilary, olha para mim. – Pedi. Ela abaixo a cabeça evitando meu olhar.
– Eu quero ser sincero, apenas me deixe explicar. Eu confesso que só queria delas diversão. – Ela me interrompeu.
E de qualquer forma iria ser difícil de explicá-la.
POV Elizabeth Hilary
– JÁ CHEGA. – Gritei. – Você nunca pensou nem um pouquinho nelas? Você as usava e depois jogava fora, mas que ridículo. – Coloquei a mão na testa para demonstrar minha admiração e surpresa. - Me desculpe, mas eu não vou deixar você fazer isso comigo.
– Mas Hilary isso já é passado. – Como ele poderia dizer isso. Ele nunca amou nenhuma delas, ele as magoou, talvez até as deixasse até apaixonadas.
Me virei caminhando até Penélope para voltar para casa.
– Hilary. Por favor, me deixe explicar. – Pediu puxando meu braço me impedindo de ir.
– Você já se explicou, eu já sei de tudo. Até mais do que deveria saber. – Puxei meu braço.
– Hilary, eu estou apaixonado por você. – Parei admirada com que ele disse.
– Não seja idiota em achar que vou acreditar nisso.
– É verdade. Eu nunca senti isso por mulher alguma... E o que eu fazia... Eu era totalmente idiota. Hilary, por favor, fique e me deixe explicar. – Ele pegou minha mão e juntou a minha a dele.
Será que ele estava certo? Será que ele não estava me enganando, como fazia com as outras?
– Eu estou completamente arrependido por ter feito isso com elas. Eu deste o começo só pensava em diversão, isso para mim era uma coisa preciosa e nenhum momento eu achei que iria me apaixonar, então isso era fácil para mim. – Ele apertou minha mão a dele.
Eu apenas lhe observava, tentava estudar cada expressão dele e o que mais ofendia e me magoava era o fato que poderia ser mentira.
– Nunca fui de falar de mim a ninguém. Nunca desabafei minhas mágoas, sempre as guardei no peito as escondendo de todos os que se aproximavam de mim. – Ele parou lembrando.
Nesse momento, confesso que tive pena dele. E tudo que eu mais queria fazer é ajudá-lo, mas senti que isso era mágoas do passado e que talvez ele a carregasse e as guardasse em toda sua vida, sempre lamentando suas escolhas.
– E se é que se aproximavam de mim. Sofri muito por não ter uma mãe, que pudessem me apoiar entender o que eu sentia. E só o que tinha era um pai e um irmão mais novo o qual eu era obrigado a cuidar e ajudar em suas tarefas da vida. – Ele ia parando como se ele estivesse lembrando cada parte de sua vida que ia contando.
– Eu quero entende-lo, mais não sei se devo realmente confiar em você. – Ele se libertou de suas lembranças, me olhando nos olhos.
– Sei que meu pai errou muito ao longo de sua vida, mas nunca vou esquecer-me dos castigos que ele me dava e das discussões que me ofendiam. E agora tudo que eu mais quero e me desfazer dessas lembranças e dessas magoas que me fazem mal.
– Eu não consigo entendê-lo, em fim nunca passei por isso. Mas talvez não só você sinta... Sinta atração por mim. Eu também estou apaixonada por... – Ele me interrompeu me beijando.
Eu já tinha certeza de tudo isso. Mais tudo que eu queria era acreditar nele, talvez devesse.
POV Willian Robertson
Acompanhei-a até sua casa. Ela me olhava em cada minuto, como se estivesse pensando em algo que me envolvia.
Beijei sua mão e em seguida ela deu sua ultima olhada para mim.
Eu esperava que ela tivesse me entendido e acreditado em mim.
Voltei para casa com Raio.
Mas o que mais me irritava era que eu não conseguia me desfazer das malditas lembranças. Eu esperava muito vê-la amanhã novamente.
Ao chegar e casa tudo me parecia calmo.
Ao passar no corredor dos aposentos vi meu irmão encostado na porta do seu.
– E ai irmão, parece feliz.
– Sempre estou feliz. – Falei confiante e orgulhoso.
–Mas hoje sinto que está mais. – Observou.
– Ahh, não tente ser um observador de humor. Não cai bem em você. – Ele riu.
Caminhei ao meu quarto ele me seguiu.
– Você também não presta como bebê mimado que segue o irmão mais velho. – O barrei me virando e ficando na frente da porta.
– Não vai me contar?– Perguntou curioso.
– Contar o que? – Me fiz de bobo.
– Não seja estúpido. Não vai me dizer que saiu com Hilary?
– Não precisa eu dizer você me perguntou sabendo. – Ele fez uma careta, ridícula. – Ta bom, eu estava com a Hilary.
– E? – Perguntou mais curioso ainda.
– Pensei que só pensasse na Rosalie. – Ele continuou me olhando esperando eu contar.
– Nós nos beijamos. – Ele sorriu. – Tipo... ahhh, você sabe irmãozinho, quando dois casais se aproximam e... – Fiz sinais com as mãos e fazendo barulho de beijo.
Ele fez outra careta, mas riu das minhas maluquices.
– Tudo bem, eu vou me revelar. – Tentei imitar sua careta. - Eu estou gostando da Hilary. Você já entendeu não é? – O empurrei para fora do meu quarto.
– Nossa que bom, mas você está gostando mesmo dela ou só quer diversão? – Fechei a porta do meu quarto na cara dele.
– Ei.- Reclamou.
Me jóquei na cama, pensando... Bem não precisa dizer em quem.
Comecei a lembrar da sensação dos seus lábios tocando os meus. E não consegui pensar em outra coisa a não ser isso.
Eu Willian apaixonado, nunca pensei ou imaginei isso acontecendo comigo. Acho que só falta eu ler aqueles livros idiotas do meu irmão e virar Shakespeare.
POV Elizabeth Hilary
Ao chegar em casa a primeira coisa que fiz foi procurar Marie.
– Marie? – Chamei ouvindo o eco da minha voz na pequena casa dos criados.
– Você esta procurando Marie? –Perguntou uma criada já senhora, sentada em uma cadeira de balanço de madeira.
Tomei um susto ao vê-la ali, não tinha percebido.
– Ela deve estar em seu quarto. – Olhei para os lados procurando.
– Para esquerda.
– Obrigada. - Fui à direção que ela informava. Olhando e batendo numa porta de madeira escura.
– Elizabeth? O que faz aqui? Precisa de alguma coisa? – Admirou-se com minha presença.
– Preciso muito falar com você. – Ela abriu a porta fazendo sinal para que eu entrasse.
O quarto dela era simples, mas bem organizado. Lembrei de quando pedi para meu pai como presente de aniversário de 14 anos, que ajeita-se o quarto de Marie, mobiliando- o com moveis novos. Ele se recusou, mas eu implorei e ele fez o que eu queria. Mas me surpreendi ao ver outro presente ao meu lado quando acordei na manhã do meu aniversário.
Me sentei na cama e ela se sentou ao meu lado.
– Meus panos para unir meu pai e Sr. Jonathan, não deram certo. Em tão tive que inventar outro. – Comecei a contá-la meu plano.
– Mas acho que não era isso que estava disposta a me falar. – Sorriu.
– Eu não sei o que fazer, já estou ficando completamente preocupada e ansiosa em falar com meu pai. – Mudei de assunto.
Confesso que não era isso que iria contar a ela, eu apenas estava sem jeito para falar sobre Willian. E de certa forma teria que pensar em como falar com meu pai para convencê-lo.
– Por que não assume que está apaixonada por Willian? – Sua pergunta me pegou de surpresa.
– Eu não sei... Eu me sinto feliz e totalmente diferente do que eu sou quando estou ao seu lado. Eu nunca senti isso, mas tudo que eu mais quero agora é estar ao seu lado e protegê-lo. Talvez eu esteja mesmo gostando dele. – Assumi.
– Você está amando ele. Minha nossa! – Ela me abraçou alegremente.
– Mas isso tudo não será fácil, em fim nossos pais são plenamente inimigos. E vejo nossa relação afastada por causa disso.
– Não diga isso. Nós precisamos enfrentar cada momento de nossa vida, com força e coragem. Vocês vão conseguir ficar juntos, eu sei. – Ela sorriu e eu também tentei sorrir.
Eu precisava acreditar nisso, deixar para trás os pensamentos pessimistas e simplesmente acreditar que ficaremos juntos.
Pelo menos da minha parte eu sabia que o amava, mas da parte dele ainda poderia haver foras e mentiras.
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