Cena 1
POV Estefan
Eu não poderia esperar. O desejo por ela é forte demais. Eu nunca havia sentido isso antes.
Inclinei-me e a beijei cariosamente. Eu sentia o calor dela irradiar em mim, fazendo-me tremer.
Eu a queria como o ar que eu respiro, queria protegê-la de todo mal. Será que eu estou amando?
Minutos depois me afastei ligeiramente, embora eu a quisesse, eu não poderia sofrer por amor novamente.
– Oh, Elena, nós não podemos.
– Nós já fizemos.
Ela se aproximou e me beijou.
– Eu te amo. – Eu não sei se eu poderia dizer o mesmo, ainda estava muito cedo.
Segurei a mão dela e acariciei os seus cabelos e logo depois descemos secretamente as escadas da casa Zac.
Cena 2
POV Bonnie
– Espere, pare aqui. Eu pensei ter visto algo. – pedi
O Ford surrado de Matt diminuiu a velocidade. Margeando em direção ao lado da estrada, onde arbustos cresciam.
A garota tropeçou na frente do farol e Matt parou.
– Vickie? – ele perguntou surpreso. – Entre no carro. Você está bem? O que aconteceu com você?
Vickie entrou no carro, com um olhar sombrio. Ela apertou o braço de Meredith e disse:
– Caiam fora daqui, Todos vocês! Está vindo!
– O que está vindo? Vickie, onde está Elena? – perguntou Meredith.
– Caim fora agora!
–Nós te levaremos embora, mas você tem que nos contar o que aconteceu. Bonnie me dê sua manta, ela está congelando.
Tirei minha manta e dei-a.
– Ela foi ferida. – observou Matt.
– E ela está em choque ou algo assim. A pergunta é, onde estão Elena e os outros? Vickie a Elena estava com você? – interrogou Meredith.
– Não! Ele chegou e fez isso comigo.
– Quem? – Matt perguntou preocupado.
– Eu não sei.
– Olhem para as feridas dela parecem marcas de animais. – analisei as feridas expostas.
– Nenhum gato pegou o velho debaixo da ponte. – Lembrou Meredith.
– Vamos ter de levá-la para o hospital. – sugeriu Matt.
– Mas...
– Escute-me, Meredith, eu estou tão preocupado com Elena quanto você. Mas vamos chamar a polícia. Vickie precisa de um médico, não temos escolhas.
Então ele ligou o carro e formos ao hospital.
Cena 3
POV Elena.
Chegamos em minha e avistamos um carro de polícia. O que estava acontecendo?
– É a polícia e aquele é o carro do Roberto na entrada e ali está o de Meredith.
Olhei para Estefan e a paz que havia preenchido de repente se tornou frágil.
– Eu me pergunto o que aconteceu. Você não acha que o Tyler seria tão estúpido em contar a eles?
– Ele não é burro.
Estefan fechou o carro e formos até a minha casa. Quando entramos todos olharam para nós. Estavam todos reunidos, com exceção de Matt.
Tia Judith correu e me deu um abraço.
– Elena! Oh, graças a Deus você está a salvo. Mas onde você esteve? E por que não ligou? Você percebeu o que fez todos passarem?
– Nós só estamos felizes de vê-la de volta. –disse Roberto.
– Eu estava na casa de Zac, com o Estefan. –expliquei.
– Tia Judith, esse é Estefan Salvatore, ele está morando com o Zac Salvatore, tio dele. Ele me trouxe de volta.
Ela acenou com a cabeça.
– Obrigada. –agradeceu.
– Por nada.
– mas o seu vestido e seu cabelo. O que acontece? – Ela falou analisando-me.
– Você não sabe? Então Tyler não te contou. Mas então por que a polícia está aqui?
Senti Estefan se aproximar de mim, como se ele quisesse me proteger.
– Eles estão aqui porque Vickie foi atacada próximo a escola, hoje à noite. – respondeu Meredith. – Nós a achamos talvez duas ou três horas atrás e estivemos procurando por você desde então.
– Bem, ora, talvez não seja nada com o que se preocupar. O médico disse que ela tomou um bom susto e que ele esteve bebendo. O negócio todo pode ter acontecido em sua imaginação. –falou Roberto.
– Aqueles arranhões não são imaginários... – rebateu Meredith.
Franzi a testa. Eu simplesmente não estava entendendo nada.
– Eu vou te contar. – falou Meredith após perceber que eu não sabia da história.
– Ela ficava dizendo que não sabia onde você estava que ela estava sozinha quando aconteceu. E quando levamos ela ao hospital, o médico disse que não estava realmente machucada, exceto pelos arranhões e eles poderiam ter vindos de um gato.
– Não havia nenhuma outra marca nela? – perguntou Estefan.
– Não, claro, um gato não rasgou suas roupas.
– Ela não tinha alguma explicação para o que aconteceu? – interrogou Estefan interessado no assunto.
– Ela estava histérica. Realmente histérica, ela não estava fazendo sentido algum. Por isso o médico acha que era alucinação. – interferiu Bonnie.
–Ele irá viver? – estranhei a pergunta dele.
– O médico disse que não havia nada de muito errado com ela, ninguém nem ao menos sugeriu que ela pudesse morrer. – Respondeu Meredith.
Estefan virou para mim e me olhou.
– Eu tenho que ir. Você está a salvo agora.
– É claro que eu estou a salvo, por sua causa.
– Sim. Ligue-me amanhã.
– Sim, ligarei. –prometi.
Estefan vai embora e eu fiquei observando. Eu nem acredito que realmente ele havia me beijado. Eu estava cheia de esperanças para o nosso futuro.
– Elena, o que aconteceu? – Tia Judith perguntou, tirando-me dos meus devaneios.
Ri do outro sentido da pergunta dela. Estefan jamais ousaria fazer isso comigo.
– Estefan não fez isso. Ele me salvou. Foi Tyler quem fez. Tyler Sousa.
Cena 4
POV Estefan
–Caro Diário, hoje tive a resposta para uma de minhas perguntas. Elena é diferente de Katherine, por mais que isso seja estranho, mas é verdade.
Eu tinha dito isso a ela e era verdade. Isso me deu um enorme alívio quando finalmente tirei essa conclusão.
Eu tinha estado ciente de cada respiração e movimento de Elena há semanas. Eu havia catalogado cada diferença.
Olhos, aqueles olhos que me imobilizavam com o choque do reconhecimento naquele primeiro dia, não eram realmente os mesmos. Os olhos de Katherine eram gentilmente arregalados com curiosidade infantil. Mas os olhos de Elena encontravam com os meus diretamente, firmes e sem vacilar.
Elena é o meu vício, o meu cálice proibido. Não posso esconder e a amo. E isso me traz lembranças de sonhos estranhos...
– Toscana, Itália, 1822 –
Katherine rodopiava com seu vestido novo e eu a observava feito bobo.
– Não é lindo, Pierre, quero usar um parecido em nosso casamento.
– Veja, está bordado com as minhas iniciais. Papa fez isso. –continuou.
Ela parou de rodopiar e olhou para mim.
– Mas o que está errado, Pierre? Você não está sorrindo.
– Katherine, como eu posso sorrir, como eu posso ser feliz quando...
– Quando?
– Quando eu vejo como olha para Fellipe. Antes de ele voltar para casa, você e eu estávamos juntos todos os dias. Meu e o seu pai estavam satisfeitos e falavam nos planos para o nosso casamento. Mas agora os dias são mais curtos, o verão está quase acabando e você passa tanto tempo com Fellipe quanto passa comigo. A única razão porque o papai permitiu que ele ficasse foi porque você pediu. Mas por que você pediu isso, Katherine? Eu achei que você gostasse de mim. - desabafei.
– Eu gosto de você, Pierre. Oh, você sabe que eu gosto!
– Então por que intercede por Fellipe com o papai? Se não fosse por você ele teria jogado Fellipe na rua...
– Ah, não, isso não é verdade. Pierre nunca desejaria vê-lo machucado. –ela falou com um semblante que dava pena.
– O que eu tenho certeza que teria agradado você, irmãozinho. – Fellipe falou atrás de mim.
– Talvez não, mas meu irmão está certo sobre pelo menos uma coisa. Os dias estão ficando mais curtos e logo seu pai partirá para Florença. E ele te levará junto, a não ser que você tenha uma razão para ficar. –continuou.
– A não ser que você tenha um marido com quem ficar. – enfatizei bem a palavra marido. Ele tem que se casar comigo.
– Sim, ela precisa passar o feitiço à diante.
Agora eu havia me tocado. Ela havia contado o segredo para Fellipe também.
– Por que você contou a ele, Katherine? Por quê? O que pode valer nele. Um homem que não liga para nada exceto seu próprio prazer? Como ele pode fazer você feliz quando pensa somente em si mesmo? –explodi.
– E como esse garoto pode fazê-la feliz quando ele não conhece nada do mundo? –ele me atacou. – Como ele irá protegê-la quando ele nunca encarou a realidade? Ele passou sua vida entre livros e pinturas. Deixe-o ficar aqui.
Katherine estava balançando sua cabeça em agonia.
– Nenhum dos dois entende. Vocês acham que é fácil. Nenhuma das outras moças desta cidade passou pelo o que eu passei.
– Então você deve escolher alguém que passa lhe proteger do que vai acontecer. Katherine olhe para meu irmão, ele não será capaz de conviver com isso.
– Mentiroso! Eu sou tão forte quanto você é, irmão, e eu amo Katherine mais do que amigos ou família. – falei sinceramente.
– Ou a sua responsabilidade? Você a ama o bastante para desistir disso também? – Fellipe desafiou-me.
– Sim, o bastante para desistir de tudo.
Fellipe lançou um de seus sorrisos para Katherine.
– Parece que a escolha é somente sua. Você tem dois pretendentes para a sua mão, irá escolher um de nós ou nenhum.
Katherine nos olhou e disse:
– Deem-me até domingo para pensar. E no meio tempo, não me impressionem com perguntas.
– E no domingo? – perguntou Fellipe.
– Ao anoitecer de domingo, no crepúsculo, eu farei minha escolha.
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