Cena 1
POV Elena
O som da campainha soou por toda a sala. Corri para atender. Ao abrir a porta, vi o homem mais bonito do planeta acompanhado por um lindo buquê.
– Que lindas!
– Gostou?
– Amei.
Levei Estefan até a cozinha e coloquei as rosas em um vaso. Olhei para ele com curiosidade.
– Eu sei o que significa essa cara. “Por que está fazendo tudo isso?”- Estefan falou desvendando-me.
– Por que está fazendo tudo isso? – repeti.
– Estou aproveitando o momento. Eu vim para esta cidade para isso. Voltar aos estudos, ter uma namorada, lhe dar flores, leva-la para um encontro...
– Devíamos ter um encontro todos os dias.
Rimos da minha afirmação.
Aproximei dele e coloquei as minhas mãos em volta do seu pescoço.
– Me promete uma coisa? – perguntei.
– O que quiser.
– Vamos esquecer todos os problemas e concentrar-se apenas no momento. Certo?
– Sim. Senhora.
Beijamo-nos carinhosamente.
Cena 2
POV Elena
O clima estava animado. Eu, Estefan, Meredith, Alaric, Bonnie e Matt conversávamos alegremente.
– Eu não sei se vocês lembram o dia do Baile de Boas Vindas na 7ª série? Na primeira vez que experimentamos bebidas? – lembrou Bonnie.
– Eu lembro! Passei três dias enjoada. – recordou Meredith.
– Pior ficou a Elena. Ela fingiu está engasgada para disfarçar, mas só que o pai dela era médico. Ele correu para saber o que ela tinha. – falou Matt.
– Assim que ele descobriu o que era. Deixou-me uma semana sem ver esses três. – completei.
– Nossa! Que triste! – Alaric falou admirado.
– Há quanto tempo vocês se conhecem? – perguntou Estefan.
– O Matt, eu conheço desde que éramos bebê. A mãe dele e a minha eram amigas. Praticamente dividimos o berço. – falei.
– Eu conheço a Elena desde o nosso primeiro dia de aula, no maternal. – relembrou Bonnie.
– A Meredith foi logo depois, na alfabetização. – concluí.
– Não lembra! Eu era muito desajeitada. – Meredith fez um biquinho e nos rimos.
– Bonnie, vamos jogar sinuca. – convidou Matt.
– Vamos, mas você vai ter que ter paciência.
– Eu tenho muita.
Eles saem da mesa e Estefan resolveu mudar o assunto.
– Elena, você achou o diário.
– Não, mas deve estar por ai... – falei sem jeito.
Meredith percebeu o me descontrole e tentou me ajudar.
– Elena, me acompanha ao banheiro?
– Sim, claro.
Eu sabia que ela iria me passar um maior sermão. Não adiantaria, pois eu já estou decidida.
– Elena, tem que contar a ele. – ela falou logo após chegarmos ao banheiro.
– E por que eu faria isso?
– Por que ele precisa saber a verdade. Ele precisa está pronto para qualquer coisa que vier acontecer e depois, vocês não podem esconder segredos.
– Eu não posso.
– Tudo bem. Depois não venha se arrepender.
– Eu tenho medo dele me deixar. Tenho medo de ele ficar com raiva de mim por ter escrito sobre ele no diário. – exaltei-me.
– Isso não vai acontecer. Se ele te ama de verdade, ele vai te perdoar.
– Eu não sei. Não quero arriscar.
Cena 3
POV Damon
Para não observar a cena melosa que acontecia ao lado, entre meu irmão, Elena e seus amiguinhos. Só mesmo uma bebida quente e gostosa para me afastar dessas frescurites.
– Damon?
Olhei para o lado o vi que um cara, que eu não fazia ideia de quem seja, estava me observando há horas. O que será que ele queria?
– Não está me reconhecendo?
– Deveria? – perguntei.
– Sou eu, Roberto, colega de aventuras em São Paulo.
– Ah! Agora me lembro. – lógico! Ele falou a palavra mágica. – Há quanto tempo, Hein?
– Nossa! Nem acredito que te encontrei. O que o traz aqui?
– Saudades da família. E você? Colocou a coleira?
– Quase isso. Eu estou noivo com uma mulher que conheci quando vim para cá, Judith Gilbert.
– Gilbert... O que ela é da Elena Gilbert?
– Tia e responsável por ela e pela irmã, Margareth. Sabe, um dia eu vou te apresenta-la.
– Seria um prazer.
Continuamos a conversa.
Essa seria uma ótima maneira de me aproximar da família dela. E quando eu estiver muito próximo, ela não terá como fugir.
Cena 4
POV Estefan
– Eu acho que ficamos sobrando. – Alaric me disse depois que Elena e Meredith foram ao banheiro.
– É verdade. Pelo menos eu descobri uma coisa que eu não sou bom.
– O que?
– Encontro entre amigos.
Rimos. Esta era a oportunidade perfeita para eu desvendar Alaric.
– Então, vai me contar o que queria com o Damon?
– Até você! Falei e repito, era apenas curiosidade.
– Sem essa história. Você está escondendo algo.
– Se eu estivesse não interessaria a ninguém.
– Alaric, ninguém no mundo conhece melhor o Damon do que eu. Sei de todos os seus segredos, seus truques, os pontos fracos... Eu faria qualquer coisa para tê-lo longe da minha vida.
– Isso não me interessa.
– Interessa sim. Posso ajuda-lo, mas antes terá que me contar o que me esconde.
Percebi que Elena e Meredith voltavam à mesa e tratei logo de encerrar o assunto.
– Pense bem. – Conclui.
Cena 5
POV Elena
Dias depois, Bonnie, Meredith e eu estávamos tentando subir ao quarto de Caroline a fim de pegar o diário.
– Rápido! Anda Meredith! – Bonnie gritou.
– Pronto. Agora é sua vez. – ela respondeu.
– Tem certeza de que eles não estão ai? Elena e se eles voltaram mais cedo? – Bonnie relutou.
– Bonnie, vai subir ou não? Já repensamos tudo isso. Agora sobe! – insisti.
– Estamos seguras. – garantiu Meredith.
Bonnie subiu e depois foi a minha vez. Encontramos a porta da varanda aberta. Que sorte!
– Tem que ser no quarto dela! – falei.
– Talvez a gente deva ir para casa. – Bonnie falou insegura.
– Precisamos tentar. Pelo menos tentar. Não é assim tão difícil. O que precisamos fazer é dividir o quarto e procurar tudo em nossa seção. Cada gaveta, cada móvel, cada objeto grande o bastante para esconder um diário. – ditei as regras.
Separamo-nos para procurar. Eu fiquei com o armário e a primeira coisa que fiz foi sondar as tábuas do piso com uma lixa de unha. Mas as tábuas de Caroline pareciam firmes e as paredes bem sólidas. Vasculhando as roupas de Caroline, encontrei várias coisas que tinha emprestado a ela no ano anterior. Fiquei tentada a levar de volta, mas é claro que não podia fazer isso.
Uma busca nos sapatos e nas bolsas não resolveu nada. Mesmo quando arrastei as caixas para investigar completamente em baixo.
Olhei para o lado vi esta foto:
Ela era bem antiga. Nem lembro mais quando a tiramos, sei que ela era muito importante. Todas nós tínhamos uma cópia dela. A de Caroline estava em um porta retrato quebrado. Mais um sinal que a nossa amizade havia chegado ao fim.
Desviei o olhar da foto e vi Meredith. Ela estava sentada no chão, examinando uma pilha de bichos de pelúcia que tinham sido relegados a uma arca com outras lembranças da infância. Ele passou os dedos longos e sensíveis um em cada um, procurando por fendas no tecido. Quando chegou ao poodle de pelúcia ela parou.
– Eu dei isso a ela. Acho que no aniversário de 10 anos. Pensei que ela tivesse jogado fora. – lembrou Meredith.
Aproximei dela e toquei o seu ombro.
– Tentei fazer as pazes com ela. Eu tentei Meredith, na casa mal assombrada, mas ela deixou muito claro que nunca me perdoará por ter tirado Estefan dela. Eu queria que as coisas fossem diferentes, mas ela não quer que sejam assim.
– Então é guerra?
– Então é guerra.
– É inútil. Ela deve ter escondido... Espere. Tem alguma coisa aqui. Estou sentindo uma quina. Peguei! Elena é um diário! – Bonnie falou animada.
Respirei aliviada. Agora não haveria mais nenhum risco.
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