Cena 1
POV Estefan
No dia seguinte, nos despedimos de Alexia, por mais que eu tenha pedido para ficar.
– Tchauzinho meninos! – Alexia falou enquanto pegava em nossas mãos.
– Pode vir quando quiser. Será sempre bem vinda! – convidei-a
– Que pena que está indo! Fica mais divertido com você aqui.
Ela olhou com cara feia para ele e depois virou para mim.
– Muitas felicidades para você e a Elena. Manda um beijo para ela por mim?
– Mandarei sim.
– E para mim? Também não vai me mandar um beijo? De preferencia na boca. – brincou Damon
– Vai para o inferno!
Ela foi em direção ao taxi e Damon continuo:
– Eu também te amo. Sabe disso.
Alexia entra no carro e vai embora.
Cena 2
POV Elena
Meredith, Bonnie e eu estávamos sentadas na famosa “mesa da rainha”, como sempre fazíamos desde que éramos crianças. A única diferença era que as outras pessoas simplesmente sumiram?
– Onde está Estefan? – perguntou Bonnie, estranhando a ausência dele.
– Ele está na reunião do time.
– Não terminamos aquela conversa de ontem de manhã. Temos que pensar no que fazer com aqueles bilhetes. – relembrou Meredith.
– E o que a gente pode fazer? Se for Damon, não há como impedi-lo. Confie em mim, não é um caso de polícia. É por isso que não contei a eles que Damon era o assassino. Não há provas nenhuma e, além disso, eles nunca... Bonnie, você não está prestando atenção!
– Desculpe, mas está rolando algo bem estranho ali.
Direcionamos o olhar para onde Bonnie estava olhando e vimos, no meio da multidão, Vickie tirando a roupa.
– Bom, ela não parece normal, mas eu não diria que está exatamente estranha. –analisou Meredith.
O pequeno grupo ficava envolta de Vickie enquanto ela tirava o resto da roupa.
– Ela não pode continuar com isso. – interviu Bonnie.
– Tira! Tira! – gritava a multidão.
– Ninguém vai para a garota? – gritou Bonnie.
Levantei e tirei Vickie do meio do pátio. Bonnie e Meredith me ajudaram a por a roupa dela novamente.
– Está tudo bem. – Tranquilizei-a
– Você é como ela! Ela mandou dizer que você é a próxima! – Vickie gritou palavras sem sentido.
Tentei segurá-la, mas ela saiu correndo antes de me dar qualquer informação.
Cena 3
POV Elena
Logo depois a escola, fui visitar Jeremy na clínica. Eu havia ficado muito preocupada quando eu soube que ele havia tido algumas crises. Estava ansiosa para vê-lo.
– E como estão as coisas por aqui?
– Não é muito ruim. Já conversei com muitas pessoas que passaram pelos mesmos problemas. Assim fica mais fácil deixar as drogas. O especialista disse que eu estou me recuperando rápido e logo poderei sair daqui.
– Isso é ótimo!
– Estou me esforçando bastante para poder sair o mais rápido possível
– Essa ansiedade toda se chama Analu?
– Também, mas eu quero voltar aos estudos, a minha vida normal. Eu quero ser digno dela.
– Vocês já assumiram?
– Não, ainda não. Só estamos esperando eu sair daqui.
– Tem todo o meu apoio, sempre.
Abraçamo-nos como nos velhos tempos.
Cena 4
POV Elena
– Sabe o que é esquisito no que Vickie fez na escola? Quero dizer, além de todas as coisas óbvias. – Bonnie comentou enquanto ela e Meredith comiam na cozinha em minha casa.
– O que? – perguntei.
– Bom, o modo como ela terminou de sutiã. Ela estava igualzinha ao dia em que a encontramos na estrada, só que lá ela também estava toda arranhada.
– Para mim não é nada estranho. Não é a primeira vez que ela faz isso. Ela não é flor que se cheire. – discordou Meredith.
– Agora, se vocês já terminaram de comer, querem ver aquele primeiro bilhete? – perguntei terminando o primeiro assunto.
Elas levantaram e deixaram os pratos na pia e depois me seguiram até o quarto.
– Aqui. Leiam!
A expressão delas ao lerem o bilhete parecia em um filme em câmera lenta. Mudava a cada palavra lida.
– Então? Quem escreveu isso tem 1,70 de altura, é manco e usa bigode falso.
– Meredith ironizou.
– Não é engraçado, na verdade, não há muito por onde começar Há? A letra parece de homem, mas o papel é bem coisa de mulher.
– E o bilhete todo tem um toque muito feminino. Citar trechos do diário de alguém é algo que só mesmo uma mulher pensaria em fazer. Homens não ligam para diários. – completou Bonnie.
– Você não quer acreditar que seja o Damon sendo um assassino psicopata do que um ladrão de diários. – rebateu Meredith.
– Não sei, os assassinos são meio românticos. Imagine você morrendo com as mãos dele agarrando o seu pescoço. Damon estrangula você até a morte e a sua última visão é o rosto dele.
Bonnie colocou as mãos no pescoço, arfou e expirou tragicamente, terminando na minha cama. Nossa! Como ela é dramática!
– Ele pode ficar comigo quando quiser. – suspirou.
– Você não entende. Isso é sério. – falei irritada.
– Desculpe. É só que ás vezes nada disso parece real, nem a morte do Tanner parece lá muito verdadeira. E Damon parecia... Bom, excitante, mas perigoso. Posso acreditar que ele é perigoso.
– E, além disso, ele não ia espremer o seu pescoço, ia cortá-lo. Ou pelo menos foi o que ele fez com o Tanner. – continuou Meredith.
– Bonnie, você não pode confiar nele. Ele é capaz de fazer tudo.
Damon provavelmente nunca mostra seus sentimentos. Ele me intriga como ninguém conseguiu antes, mas não tenho certeza. Porque eu vejo perigo em seus olhos. Sou bastante esperta para não me render.
Cena 5
POV Estefan
Ao ver os livros espiritas de Zac, senti uma vontade enorme de ler alguns deles. Será que explica toda essa confusão em meus sonhos?
Peguei um que falava justamente nisso. Abri em uma página qualquer e li algo muito interessante.
“Lembranças de outra vida podem vir através de sonhos ou ações praticadas. Muitas vezes elas podem vir como forma de aviso ou orientação, para que os atos não se repitam”.
-Toscana, Itália, 1821-
– Quer jogar? – Fellipe perguntou enquanto estendia uma bola estranha.
– O que é isso?
– Uma bola de Rugly. Os rapazes e eu jogávamos quando tínhamos folga. Vai fazer bem a você, dará alguma cor ao seu rosto. – Fellipe falou de uma maneira convincente. E isto sempre funcionava comigo.
Corremos para frente da casa e ele arremessou a bola para mim.
– Segure! – gritou.
Corri para pegar a bola antes que caísse no chão. Logo depois, percebemos que alguém nos observava. Olhei para varanda e a vi. Katherine sorria maliciosamente.
– Posso jogar?
Aproximamos dela. Percebi que Katherine e Fellipe não haviam sido apresentados, pois ele havia chegado á pouco.
– Katherine, esse é o meu irmão, Fellipe. Irmão, essa é Katherine Pierce, minha futura noiva.
Fellipe curvou-se e beijou a mão dela.
– Fellipe, vejo que é tão gentil quanto o seu irmão.
– É o que veremos. Então, irmãozinho, deixaremos Katherine jogar?
– Não sei... Quais são as regras?
– E quem precisa de regras? – Katherine rebateu-me.
– Meu irmão é impiedoso. – tentei convencê-la.
– De certo modo acho que sou ainda mais.
Após dizer isto, ela pegou a bola e saiu correndo, parecia até voar, como uma brisa agradável.
– Quem perder, cuidará dos meus cavalos. – ela gritou longe de nós.
Fellipe olhou para mim e depois falou:
– É uma moça que quer ser perseguida... Se você não for eu vou.
Sem pensar, sai correndo em busca de Katherine.
– Vou te pegar!
Cena 6
POV Elena
– Turmas do 3ª ano, gostaríamos de lembrar que estamos próximos do fim do ano letivo. Cada um de vocês tomaram um rumo diferente. Por isso, a escola preparou um momento um momento diferente hoje. Apresentaremos a vocês características de várias profissões. Para que vocês posam conhecer e fazer boas escolhas para o seu futuro. Sejam bem vindos ao dia da profissão!
Realmente era um dia bastante diferente. Só de pensar que daqui uns meses tudo isso daqui se tornará passado e que o meu futuro mudará bastante, sinto um frio na barriga.
Fui até os stands e encontrei Matt.
– Ainda quer ser astronauta?
– Eu tinha oito anos de idade...
– mas você gostava de colocar uma panela na cabeça e se enrolar com papel alumínio.
– Eu acho que ser jogador é a melhor opção para hoje.
Rimos. Isso ainda parecia ser algo tão fácil de fazer...
– E você? Ainda quer ser uma princesa?
– Não. Namorando o Estefan não dá para eu casar com o príncipe Harry.
– É tão difícil falar sobre o futuro. Meses atrás, eu sonhava com um bom emprego, em me casar com você, ter uma boa casa, brincar de pique-esconde com os meus filhos... Mas as coisas mudaram.
Fiquei sem jeito com o que ele disse. Será que ele ainda havia esperanças que eu voltasse com ele?
– Eu sempre estarei no seu futuro. Só que como bons amigos. Você vai encontrar uma garota legal que possa compartilhar todos esses momentos com você.
– Claro que sim. Eu estou sendo bobo.
– Não. Está sendo legal.
Ficamos em silêncio por alguns instantes até eu ver Estefan e me juntar a ele.
Visitamos alguns Stands e vimos algumas profissões. Isso parecia bom ao lado dele.
– E você sonha com qual profissão? – perguntei.
– Eu sempre sonhei em ser médico. Quando eu era criança, eu ficava imaginando-me no lugar deles. Ajudando as pessoas... Mas quando a Cecília morreu...
– Eu imagino. Você ainda tem muitas oportunidades.
– Sim, tenho.
Ele deu um pequeno sorriso e olhou para mim.
– E você o que quer ser?
– Eu quero ser Design de moda. Eu sempre quis montar um ateliê com os meus trabalhos. Mas se você fizer parte do meu futuro, qualquer coisa vale.
Beijamo-nos e depois seguimos em direção ao Stand de Design.
No meio as amostras vi um bilhete violeta e eu sabia do que se tratava.
Peguei-o e coloquei dentro da bolsa.
– O que foi?
– Nada, não foi nada.
– Você parece preocupada.
– Preocupada? Não. Talvez isso seja culpa sua. Sempre que me beija, me faz perder o fôlego.
– Então, eu talvez precise parar de lhe beijar.
– Claro que não deve.
Sorri de leve para escondê-lo o meu medo. Abracei-o tentando me acalmar.
Cena 7
POV Elena.
À noite, resolvi dormir na casa de Bonnie. Afinal fazia tempo que não fazíamos um programa sem toda essa confusão.
– Então, seus pais não sabem que você aprende feitiços com a sua avó?
– Não. Eles acham que ela é maluca e que eu não deveria me meter nisso. Mas eu gosto.
– Você aprendeu mais feitiços?
– sim. É um simples, bem fácil de fazer. Pegue aquelas velas, por favor.
Fui até onde ela apontava e peguei as velas. Coloquei uma delas no centro do quarto.
– Agora, apague as luzes e feche as janelas.
Obedeci e depois voltei a minha posição inicial.
Ela se concentrou e de repente as luzes se abriram e a vela acendeu.
– Oh! Meu Deus!
– Viu?
– Você é incrível.
– Tenho que treinar bastante. Os feitiços me cansam um pouco.
Eu não conseguia fechar a boca. Ela me tirou do transe me levando ao quarto que eu dormiria.
Cena 8
POV Elena
Depois de passar parte da noite conversando com Bonnie, finalmente fui vencida pelo cansaço.
Eu já estava dormindo profundamente, quando tive um sonho...
Eu me via descer as escadas de minha casa e via Estefan abaixo dela com um livro azul com uma capa de veludo. Ele ficava gesticulando o objeto e perguntando alguma coisa.
– Como você pôde?
Depois, finalmente, ele largou o livro e saiu o correndo.
– Estefan não vá! Não me deixe!
Sai atrás dele até que percebi que algo noticiava na televisão.
– Foi encontrado o corpo da estudante, Elena Gilbert, na tarde de hoje. A polícia procura pelo assassino.
Virei para o lado e vi Damon.
– Você sabe que será a próxima.
Acordei atordoada. Não tinha nada ao meu redor, somente o velho quarto escuro. O que este sonho queria me dizer?
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