POV Willian Robertson
- Meu pai se chama Jonathan. Meu sobrenome é Bennet e meu pai faz parte sim do conselho da cidade. Mas eu não entendo... – Respondi ainda não entendendo o seu interesse nisso.
Ela fez uma careta que me fez pensar que estava preocupada.
Quando senti que ela estava desmaiando, a segurei o mais rápido possível. Por que ela teve essa reação? Por que isso chocou tanto ela? Ela teria que me explicar isso depois.
Coloquei-a nos meus braços, apertando-a com força ao meu peito e levando ao banco onde estávamos antes.
Ela estava totalmente inconsciente, só podia sentir sua respiração.
Ao chegar a coloquei deitada no banco. Tirei o seu chapéu e alguns fios de cabelo do seu rosto, me ajoelhando ao seu lado.
Esperei ela despertar, preocupado. Ela começou a mexer de leve olhos, em fim acordando.
- Oo que aconteteceu? Por que estou aqui, não estavaa no campo jogandoo com vocêê? - Me perguntou gaguejando. Coloquei meu dedo nos seus lábios impedindo-lhe de falar.
- Você desmaiou, mas não sei o motivo. Eu estava lhe respondendo as perguntas e de repente você apagou.
Ela me olhou, tentando falar novamente.
- Obrigada. Eu preciso muito falar com você. – disse se sentando. Olhei para ela ainda preocupado.
- Não precisa se preocupar, já estou melhor. O sangue de animal não me satisfaz muito. –
Também sempre me incomodei com isso.
POV Elizabeth Hilary
- Deve está se perguntando por que o meu desespero com isso ou até mesmo me achando louca. Mas você precisa entender que nós dois estamos envolvidos nisso, ou seja, a nossa família. – Comecei a explicar, não conseguindo olhá-lo direito.
- Vou começar do começo, de onde tudo começou. Ouvi uma conversa entre meus pais e um segurança, já faz alguns dias. Você já deve saber da disputa do seu pai e do meu pai, Anthony?
- Sim, mas não conheço muito bem. Eles disputam a chefia não é?
- Sim. Ouvi que estavam planejando invadir essa propriedade. Achei essa atitude errada da parte dele. E pense bem, se isso acontecer nossas famílias vão se violentar.
- Então acha que devemos nos unir para impedir nossos pais? – É bom ele me entender e me apoiar. É o nosso dever, não?
- Seria o melhor a fazer. – Respondi.
- Você está certa. Eu entendo, mas o mais complicado vai ser meu pai acreditar em mim e acabar com isso.
- Isso também vai ser complicado para mim. – Ele me olhava nos olhos e isso me ajudou a olhá-lo da mesma forma. - Mas de qualquer forma deveríamos pelo menos tentar. Isso não poderá acontecer.
Ele apenas balançou a cabeça. Olhamo-nos mais um pouco.
- Preciso ir para casa. – Me apresei, parando de olhá-lo.
- Para que presa?
- Problemas de família. – Com certeza se eu falar que eu estou de castigo ele vai mangar de mim. Então achei melhor não falar. – Tchau.
- Espere. Hilary. – Chamou quando eu já estava a centímetros de distancia dele.
Me virei para fita-lo.
- Apareça amanhã no campo, por favor. – Me pediu. Era a primeira vez que estava vendo ele ser educado e não tentando me irritar.
- Não sei se posso. – gritei de volta.
- Apenas vá, precisamos conversar. – Implorou.
Me virei indo para saída, quando notei ele do meu lado.
Fiz careta e ele apenas sorriu.
Segui de volta o caminho de casa.
POV Willian Robertson
Acompanhei-a até a saída, só voltando quando não podia mais vê-la.
Será que ela iria aparecer no campo amanhã?
Quando percebi que estava com o chapéu dela na minha mão. Ainda tentei chamá-la, mas ela já tinha desaparecido da minha visão.
Fui para casa escondendo o chapéu atrás de mim. Ao entrar vi meu pai sentado no sofá pensativo.
- Não deveria ter tanta rivalidade com Sr. Anthony. – Falei acabando com o silêncio.
- Desde quando liga para os meus negócios?
- Desde que ouvi conversas dos criados falando das disputas entre vocês.
- Pois isso não lhe interessa. Deveria ter começado a ligar para isso antes. – Falou irritado.
- Só acho que deveria lutar conquistando e não disputando.
- Mas olha só de quem eu estou ouvindo falar isso. – Admirou. - Não pode ser do meu filho Willian, um filho totalmente desinteressado.
- Pois espero que vocês dois se matem e não metam a nossa família nisso. – Falei indo ao meu quarto.
Eu tinha que fazê-lo mudar de idéia. Eu prometi a ela. Mas por que eu estaria fazendo isso? Por ela? Talvez não por ela, mas por meu irmão.
POV Elizabeth Hilary
Entrei em casa me escondendo atrás dos moveis para que ninguém me visse. A casa me parecia calma. Fui o mais rápido possível para o meu quarto.
Corri quando ouvi pisadas, tirando meu vestido e colocando minha camisola rapidamente.
Deitei na cama, e logo ouvi batidas na porta.
- Entra. – Gritei. Marie entrou apresada.
- Bom dia, Elizabeth. Desculpe-me por ter vindo mais tarde hoje, é que eu estava ocupada. – Se desculpou.
- Não, tudo bem.
- O seu pai me pediu para lhe chamar, ele quer conversar com você. O que quer vestir?
- Pode deixar, eu escolho. Diga a ele que já vou. – disse me perguntando o que ele queria comigo. Aumentar o meu castigo?
Logo em que Marie saiu. Vesti-me com a mesma roupa, que estava jogada dentro do guarda-roupa.
Quando me lembrei que não tinha voltado com meu chapéu. Será que esqueci com Willian?
Procurei mais um pouco, mas não encontrei. Eu não tinha mais duvida, estava com ele.
Desci rapidamente, vendo meu pai aborrecido com minha demora.
- Por que a demora? – Perguntou desconfiado.
- Estava me vestindo. O que deseja? – Perguntei, apresada para o fim da conversa. Eu já tinha certeza que era sobre o meu castigo.
- Eu estive pensando, eu deveria liberar o seu castigo. – Falou me observando. Eu estava feliz com isso, agora poderia sair sem precisar fugir. - Não tentou mais fugir e esteve se comportando melhor. Só espero que não me desobedeça mais. – Acrescentou.
- Obrigada pai. – agradeci animada.
- Mas tenho mais coisas a lhe falar, ou melhor, lembrar. – Falou me obrigando a olhá-lo. – Você já tem 17 anos, já está passando da idade de se casar. Moças da sua idade ou mais novas que você, já estão noivas ou casadas. - Não esperava que ele falasse disso. Sempre pensei em casar por amor e escolher o meu próprio marido.
- Devo procurar pretendentes ou fazer uma festa para que escolhêssemos o melhor para você.
- Papai, não, eu mesma quero escolher. – Falei já ficando um pouco irritada.
- Como?
- Só acho que se eu escolher eu poderia lhe apresentar e você talvez concordasse comigo.
- De qualquer forma deveríamos fazer uma festa, assim você poderia encontrar um a disposição.
Apenas fiz um ‘sim’ com a cabeça.
- A nossa conversa progrediu muito, então terminamos aqui. – Me levantei , me lembrando da conversa que tive com Willian.
“Então acha que devemos nos unir para impedir nossos pais? “- lembrei das suas palavras.
“Mas de qualquer forma deveríamos pelo menos tentar. Isso não poderá acontecer.”
- Pai. Depois eu quero conversar com você, mas seria melhor mais tarde. – Falei interrompendo meus pensamentos.
Fui para o jardim com Margareth. Ela começava a brincar e eu me perdia em pensamentos. Ela que na maioria das vezes me chamava atenção por isso.
Fiquei pensando na conversa que teria com meu pai sobre um assunto que ele não imagina que eu toque, as disputas pela chefia entre ele e Sr. Jonathan. Não sei se isso vai adiantar, mas de qualquer forma eu irei fazer minha parte. E nós iríamos consegui. ‘Nós’ eu e Willian.
“Apareça amanhã no campo, por favor.” – lembrei do seu pedido.
Eu deveria ir? Será que ele vai querer explicações minhas? Eu poderia evitar ele depois de ele pedir educadamente que eu fosse? Eu teria que pensar nisso. Amigos nós devemos apoiar e não evitar. E eu já o considero um amigo, pois de certa forma estamos lutando pelos mesmos objetivos.
POV Willian Robertson
Sentei na minha cama, pegando o chapéu de Hilary. Podia sentir o seu cheiro, o cheiro do seu adorável perfume.
Isso nunca aconteceu antes, nunca me aproximei tanto de uma mulher assim. Tudo era só por um dia, e depois eu as esquecia. Mas de certa forma com Hilary é diferente, nós não estamos tendo um relacionamento e sim apenas uma amizade e até mesmo estamos unidos lutando para derrotar as disputas entre nossos pais.
O que eu esperava de amanhã? Um beijo? Talvez ela não queira as mesmas coisas que eu.
Não sou homem de ficar esperando uma mulher, se ela tentar me evitar o mundo vai continuar girando em minha volta.
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