POV Elizabeth Hilary
Acordei com a luz do sol passando pela janela aberta. Não havia dormido direito, o sonho que tive me deixou desconsertada. Seria um sonho ou um pesadelo?
Podia perceber que era manhã, pois a luz do sol escaldante brilhava sobre mim. Eu esta no campo, mas não estava sozinha, Willian estava lá. Sorriamos um para o outro, com certeza estávamos felizes, o que mais me incomodou. Como podia estar feliz com um cara que acabei de conhecer? Ele pegou minha mão e começou acariciá-la. Mas de repente ele desapareceu deixando-me em ilusões.
“Já decidi, amanhã vou procurá-lo e pedir desculpa. Não sei como, mas vou.” – lembrei do que tinha escrito no meu diário. Será que eu deveria?
Vesti-me o mais rápido possível com um vestido azul marinho e amarei meu cabelo castanho escuro em um coque deixando alguns cachinhos na frente.
Desci as escadas e vi minha família reunida na mesa de jantar fingindo comer, isso era um hábito.
– Bom dia! – Cumprimentei.
– Bom dia! – Responderam.
– Aonde vai? – Perguntou minha mãe interessada.
– Vou ver como está Penélope. – Menti. Bem pretendia ver Penélope, mas não só isso.
– Não vai comer? – Perguntou meu pai.
– Não, obrigada.
– Querida se controle, e não demore muito. – Disse minha mãe preocupada.
Balancei a cabeça, com gestou de um sim. Saí apresada jogando um beijo no ar, colocando minhas luvas e pegando minha sombrinha.
Entrei no estábulo e vi Alfred dando comida aos cavalos.
– Como ela estar? – Perguntei preocupada.
– A branquinha? – Falou apontando para Penélope que estava logo a sua frente. – Penélope, não é?
– Sim.
– Ela bufou um pouco com a dor mais está melhorando aos poucos. – Virei para olhá-la, ela estava com um pano amarado na barriga.
– Foi uma grande queda, não foi? – Falou puxando conversa.
– Sim, muito grande. –Falei admiranda com a história que meus pais haviam inventado aos criados.
– Me desculpe Penélope. – Falei baixinho acariciando seu pelo macio. Não poderia passear com ela assim. Peguei as rédeas e fui colocá-las em um cavalo castanho claro que estava ao lado dela.
– O que a senhorita pensa que está fazendo? – Falou tirando as rédeas que eu já havia colocado e guardando-as.
– O que VOCÊ pensa que está fazendo? Não se trata uma dama assim e muito menos sua patroa. Você precisa de demissão. – Falei me enchendo de raiva.
– Meu patrão não iria gostar disso.
– O que meu pai fez?
– Ele não fez me ordenou a fazer. O Sr. Pierce me pediu para não lhe permitir pegar nenhum cavalo daqui. – Falou calmamente me deixando com mais raiva. Meu pai estava fora dos limites. Ele não acredita e mim?
– Pois fique sabendo que se eu fosse sua patroa lhe demitia agora mesmo. – Disse, ele olhou para mim assombrado. Então saí dali rapidamente, sem me despedir.
Ingrato. Ele é amigo fiel do meu pai e eu sei muito bem que ele ficaria do lado dele. Mas ainda acho isso inútil e desnecessário.
Fui correndo para o campo procurá-lo. Entrei por partes que nem conhecia. Eu estou maluca? Como queria procurá-lo se eu nem o conhecia direito? Essas foram perguntas pessimistas que surgiam na minha mente.
Procurei por todas as partes, em fim desisti. Que bobagem a minha.
Essa parte do campo era escura por causa de longas arvores que provocava uma extensa sombra. Deixando-me perdida. O que eu vou fazer agora?
Soltei meus cabelos deixando-os cair sobre o ombro.
Resolvi explorar um pouco mais. Se eu não o encontrar vou embora.
POV Willian Robertson.
Eu estava no jardim da minha casa, pensativo. Será que iria ver-la novamente? Que besta eu estou ficando, uma moça mal educada e muito chata não queria ver ela nem que fosse a ultima coisa a fazer.
Fui interrompido por alguém tocando no meu ombro. Era uma mulher eu podia ver sua sombra. Virei-me pensando ser Hilary.
– Hilary?
– Não, meu nome é Rosalie. Como você estava pensativo. – Falou ela se admirando. – Me desculpe por interrompê-lo.
– Não, você será bem vinda a me interromper. – Falei piscando para ela.
– Você deve ser Benjamim? – Me perguntou sedutoramente. Logo imaginei que ela poderia ser a candidata a noiva escolhida por meu pai para meu irmão.
– Eu sou quem você quer que seja. – falei dando meu sorriso galanteador. Ela me parecia uma moça interessante tinha os cabelos negros igualmente aos seus olhos.
Ela se aproximou de mim e colocou seu dedo na ponta do meu nariz descendo até minha boca.
– Danadinho. – Falou delicadamente e muito sedutora.
Beijei sua mão. Então percebi ela se afastar rapidamente, e logo fomos interrompidos por meu pai. Tinha uma coisa estranha nela. Seria uma vampira?
Ele olhou para mim fazendo careta, como se estivesse me dizendo “Deixo-lho sozinho por um minuto e você dar em cima da garota?”
– Senhorita Rosalie, venha vou lhe apresentar Benjamim. – chamou meu pai educadamente.
– Sim, senhor. – agradeceu. Eles se viraram e ela sorriu para mim mexendo uma sobrancelha.
Sozinho de novo. Pensei um pouco e resolvi fazer um passeio a cavalo. Talvez a encontre de novo.
Fui ao estábulo pegar Raio e segui em direção ao campo.
POV Elizabeth Hilary
Não ele não vai aparecer isso foi uma besteira minha. Queria muito falar com ele pedir desculpa por eu ter sido grosseira e mal educada, mas talvez nunca o visse mais, isso me deixava desanimada. Por que eu sou assim? Não deveria ter o tratado dessa forma, simplesmente sou uma idiota. A raiva que estava sentida antes aumentou, mas dessa vez ela não é de ninguém é de mim mesma.
Fiquei olhando para os troncos finos das gigantescas arvores daquele lugar, distraidamente.
– Hilary, vampirinha irritadinha. Você aqui que grande surpresa. – Falou.
Dei dois passos para trás assustada.
– Você quer me matar de susto? – disse irritada, precisava me controlar não posso tratar-lo assim, mas ele simplesmente me irrita.
– O que você está fazendo aqui?– Perguntou ele com um belo sorriso.
– Eu que pergunte, o que você está fazendo aqui? – falei ainda irritada, tentei me acalmar. - Aqui ainda é parte do meu terreno.
– Sendo assim, devo sair por ordem de uma bela moça. – falou se virando e indo embora.
– Espere. – disse mais calma.
Ele se virou me olhando. Fiquei um pouco sem jeito com ele me olhando dessa forma como se eu fosse um livro interessante que ele quisesse ler.
– Vim aqui pois...- parei para respirar. – pois...eu queria muito conversar com você e achei que lhe encontraria aqui.
– Acertou. – disse ainda me olhando.
– Então fale. – pediu.
– É... Poderíamos conversar na parte mais clara do campo? – Chamei tentando dar um sorriso.
– Está com medinho é? – Disse ele zombando de mim. – Não estava me aproveitando dele para poder sair dali, coisa que eu não conseguiria fazer sozinha.
– Ungh. – Grunhi.
Então seguimos juntos, quero de dizer quase juntos, eu estava um pouco a sua frente. Estávamos silenciosos, talvez ele estivesse zombando de mim em seus pensamentos. Apresei os passos, não podia perder tempo. Olhei para trás para ter certeza se ele estava lá, ele estava e seguia calmamente.
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